Foto via Blue Pueblo
O que Deus pediu a Abraão, o sacrifício de Isaac, ele mesmo o fez: "De fato, Deus amou tanto o mundo que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3, 16). Paulo vai dizer: "Deus não poupou o próprio Filho, mas o entregou por todos nós" (Rm 8, 32). Esta é a grande novidade significada pela vida e morte de Jesus: a revelação de um Deus que não nos pede sacrifícios, mas Ele mesmo se sacrifica por nós. Um Deus que não nos tira, mas nos dá. Da parte deste Deus o ser humano não precisa esperar condenação, mas somente perdão. Afinal é essa a Boa Notícia, o Evangelho que esperamos.
Com Jesus realiza-se a passagem definitiva de uma religião fruto do esforço humano para a fé como dom de Deus. Enquanto pela conquista religiosa somos tentados a amar e servir ao nosso deus, com Jesus é Deus que toma a iniciativa de nos amar e servir primeiro. Pecadores que somos, não merecemos o amor de Deus, mas, pelo dom gratuito da fé, podemos acolhê-lo. O deus da religião-lei exige obediência a suas leis, o Pai pede que imitemos o seu amor. O Deus da lei condena e castiga, o Pai de Jesus absolve e perdoa.
Quantos acolhemos na vida a Jesus como Senhor e Mestre, não estamos sós, mas temos um Deus que se fez servo e por nosso amor tudo transforma em bem. A adesão a Jesus não elimina os inevitáveis sofrimentos da vida, mas nos dá uma força nova para aceitá-los. O Pai nos ama. O Pai nos transfigura, o Pai nos glorifica em seu Filho, Jesus Cristo. Saboreemos, com São Paulo, seu hino ao amor de Deus.
- Pe. Adroaldo Palaoro, SJ
Mensagem para a segunda semana da Quaresma do Retiro Quaresmal 2012 do CEI
Que diremos depois disso? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas que por todos nós o entregou, como não nos dará também com ele todas as coisas? Quem poderia acusar os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Cristo Jesus, que morreu, ou melhor, que ressuscitou, que está à mão direita de Deus, é quem intercede por nós! Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada? Realmente, está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia inteiro; somos tratados como gado destinado ao matadouro. Mas, em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou. Pois estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura nos poderá apartar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor.Tweet
- Rm 8, 31-39
Nenhum comentário:
Postar um comentário