Imagem via Facebook. Autor desconhecido
"Na mesa de Cristo há lugar para todos, inclusive para Judas, que o traiu, e Pedro, que o negou três vezes. E, se há lugar para um traidor e um negador, claro que haverá sempre lugar para você e para mim."
- Rev. Marcio Retamero, Comunidade Betel/ICM
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Última Ceia... Jesus, desde o início, quis resgatar a vida humana fazendo-se gente, acolhimento, fome e alimento... Sua proposta? A vida a partir da mesa, do pão e da partilha com todo tipo de pessoas.
Jesus participou de muitas refeições, quase sempre com “excluídos” (Zaqueu, Simão o leproso...), até se deixar fazer pão na grande mesa da Ceia Pascal. Por isso, cada vez que nos reunimos em torno da mesa, fazemos memória das refeições escandalosas de Jesus com os pecadores, pobres, doentes e marginalizados...
Se toda mesa já era bendita, depois de Cristo ela se tornou um lugar de encontro no pão partilhado. Comer e beber juntos sempre foi uma forma de expressar “aliança”, amizade, união... Os laços humanos reforçam-se com a participação à mesma mesa. A traição do amigo é impensável!
Na mesa nos alimentamos e humanizamos: alegrias partilhadas, tristeza compartidas, segredos confiados... Na Última Ceia Jesus se coloca no lugar não dos comensais, mas dos que não estão sentados à mesa, dos excluídos. Seu gesto nos convida, pois, a deslocar-nos e fazer sentar todos, sem exclusões, como irmãos e irmãs na mesma mesa do Senhor...
Sacrifício não significa apenas imolação, penitência, mas “tornar santo” (do latim sacrum facere). E a melhor coisa que podemos transformar em “sacrifício” é a própria vida, sendo fraternos. Jesus é o sacrifício, o irmão de todos, por sua fidelidade em fazer a vontade do Pai.
Enquanto houver excluídos, o banquete de Jesus está incompleto. Não é possível reconhecer o Corpo do Senhor na Eucaristia se não reconhecemos o Corpo do Senhor na comunidade, na sua imensa diversidade. As refeições de Jesus eram escandalosas por que não excluíam ninguém!
Se olhamos o passado, sabemos o que Deus fez por nós... Vendo o presente, sentimos o que Ele faz gratuitamente conosco, sentando-nos à sua mesa... E o futuro? Ah! O futuro é um desafio... O que eu vou fazer pelos outros depende só do meu amor!
Uma pergunta: Você exclui alguém da sua mesa?
- Pe. J. Ramón F. de la Cigoña SJ, em seu blog Tweet
2 comentários:
O amor de Deus a todos inclui.
E que seja na terra como no céu. :-)
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