sábado, 26 de outubro de 2013

Oportunidade perdida


A sessão que discutia o projeto de lei que pune estabelecimentos e agentes públicos por discriminação por orientação sexual, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), foi marcada por vaias ao deputado Edino Fonseca (PEN), que insinuou que a homossexualidade seria doença.
 
De autoria do Executivo, o projeto recebeu 177 emendas e será encaminhado para análise das comissões. Ou seja, voltou à estaca zero sem previsão para ser votado novamente na Alerj.
 
“Nenhum proprietário é obrigado a deixar uma pessoa com essa patologia em seu estabelecimento”, declarou deputado Edino Fonseca pouco antes de iniciar a sessão.
 
Militantes e defensores da causa LGBT começaram a vaiar o parlamentar com gritos de “fascista” e “doente é você”. 

A deputada Clarissa Garotinho (PR) também se mostrou contrária ao projeto. Sob argumentos religiosos, Clarissa afirmou que o PL “promove atitudes do gênero LGBT”.
 
“Tenho meus entendimentos da bíblia. Jesus pregou tolerância. O não à discriminação também é um princípio do cristianismo. Não podemos deixar que uma pessoa sofra violência por qualquer razão. Esse projeto não discute se o homossexualismo [sic] é doença ou não. Mas ele promove atitudes do gênero LGBT”, declarou.
 

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Campanha de Aloisio de Abreu para criminalizar a homofobia


 
Aloisio de Abreu acaba de criar uma campanha para criminalizar a homofobia. “Eu não sou ativista e nem militante. Sou artista. Ralo à beça, pago meus impostos, sou gay, carioca, brasileiro, enfim, um cidadão igual a todo mundo”, diz ele. E completa: “Um dia, conversando com o Carlos Tufvesson, Coordenador da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio, fiquei sabendo que houve um aumento de mais 46% de assassinatos por motivos homofóbicos. Eu me perguntei: por que a homofobia – aquela que fere, lesa a integridade física ou mata – não é criminalizada? Qual o motivo?”
O ator estendeu essa pergunta a amigos; segundo ele, “insuflado por esse ‘espírito cidadônico’, acabei criando essa campanha a favor da criminalização da homofobia”. Aloisio gravou depoimentos de vários pessoas públicas: do diretor Ricardo Waddington à apresentadora Fernanda Lima, da atriz Cissa Guimarães ao empresário Zé Maurício Machline, da ativista Lucinha Araújo à delegada Martha Rocha, Chefe de Polícia Civil do Rio. São quatro filmes com o mesmo teor. Dá uma olhada.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Um encontro transformador


No último dia 19/10/2013, o grupo Diversidade Católica, um grupo de fiéis leigos que promove a inclusão e conciliação das identidades homoafetiva e católica, promoveu seu 2º Encontro de Relatos e Experiências.
Desta vez este evento foi realizado em Niterói (RJ), com o intuito de conversar e partilhar relatos sobre os novos formatos familiares e a relação dos gays com suas famílias, abrindo espaço para a troca de experiências entre pais e mães de gays e gays que são pais, mães, tios, etc.
Foi a primeira vez que participei de um evento público. Até então só tinha participado das reuniões do grupo, que possuem outra dinâmica.
Apesar do pouco tempo de preparação e de divulgação, só posso render elogios a todos que "vestiram a camisa" e puderam juntos realizar este evento. Contratempos e correrias que, ao final, foram recompensados com os rostos que viram, nos relatos ao longo do dia, uma esperança contra o preconceito que ainda sofre a comunidade LGBT.
O pequeno espaço físico não foi em nenhum momento motivo de desconforto, pelo contrário, foi bem providencial! Permitiu uma postura acolhedora entre todos reunidos, sem lacunas de locais vazios.
Estar reunido com aproximadamente outras 50 pessoas, a grande maioria delas presentes ali com o grupo pela primeira vez, me fez notar o quanto esse assunto, apesar de "polêmico", é de grande (e urgente) importância neste século.
A questão gay vs. católico sempre foi questionável dentro da Igreja. Porém o assunto despertou uma nova esperança quando, após os dias festivos cheios de espiritualidade e de fé vividos durante a JMJ 2013 no Rio de Janeiro, vimos a postura acolhedora do Papa Francisco ao ser indagado sobre gays na Igreja.
E foi com esse sentimento, renovado pelas palavras do Sumo Pontífice, que algumas pessoas presentes relataram suas vivências. Foi muito bom ver um grupo de pessoas ali receptivas ao que todos tinham a dizer, desarmados de preconceitos ou convicções religiosas. Os presentes estavam ali para fazer o que pouco se faz hoje em dia: apenas ouvir.
Gays que têm filhos, gays que abandonaram casamentos convencionais para assumir um amor homossexual, tio que reconhece felicidade no casamento gay da sobrinha, gays que sofreram em assumir sua natureza por serem católicos... Enfim, relatos dos mais variados tipos foram partilhados neste dia. Todos eles de grande e valiosa importância, não somente para quem estava ali ouvindo, mas acredito, também importante para quem teve a sensibilidade e disponibilidade de expor um pouco de sua vida ao grupo.
Gostaria de destacar dois relatos que me tocaram profundamente: o dos pais de gays. Um casal, presente com seu filho, demonstrou seu amor incondicional ao filho. Não importa se ele é gay, canhoto, careca, gordo, negro... O amor sem limites dos progenitores demonstrou o que realmente o amor é: AMOR! Simples assim.
O outro relato, de uma mãe, encantou a todos pela simplicidade, pelas suas palavras, pelo seu testemunho de vida... Enfim, resumindo, as expressões de amor e afeto se faziam presentes e reais enquanto ela falava, podia-se sentir o seu amor pelo filho com sua narrativa. O filho presente se mostrava muito orgulhoso da sua mãe. E quem não ficaria?
A tarde agradável teve seu encerramento com um lanche onde a confraternização permitiu diálogo entre todos. A conversa com quem conhecia a proposta do grupo rendia elogios, dúvidas e agradecimentos. Muito bom ver aquele espírito de fraternidade entre "novos" e "antigos".
Para o Diversidade Católica fica a missão que esses tipos de encontro são importantes e transformadores.
Como rezamos, fica cada vez mais nítido que o Espírito Santo, que invocamos no início do encontro, tem renovado a face da terra e que o Pai Nosso, oração realizada ao final, traz cada vez mais o Seu Reino para o nosso meio. Amém!

Cristiano Pinto
Membro do Diversidade Católica

O Judiciário como garantidor de direitos


Nova lei contra a homofobia entra em votação na Alerj


Projeto de Lei N° 2054/2013 visa punir estabelecimentos e agentes públicos que discriminem as pessoas em razão de sua orientação sexual e identidade de gênero
Na próxima quinta-feira, 24 de outubro, entrará em votação na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) o Projeto de Lei n° 2054/2013. Elaborada pelo Programa Estadual Rio Sem Homofobia e aprovada pelo Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT do Rio, a nova lei tem como objetivo punir estabelecimentos e agentes públicos que discriminem as pessoas em razão de sua orientação sexual e identidade de gênero.
Este novo projeto substitui a lei 3406/00 que tinha o mesmo objetivo de combater a discriminação contra LGBT. Esta lei foi derrubada em 2012 pelo Tribunal de Justiça-RJ que a tornou sem efeito em razão de vício de iniciativa. Desde então, a população LGBT do estado do Rio de Janeiro ficou em uma situação de maior vulnerabilidade a violações de direitos e discriminação.
A sessão começará às 14h e será aberta ao público. A participação dos gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais e todos aqueles que defendem e lutam em prol da causa LGBT é fundamental. É recomendável que os interessados cheguem à Alerj com uma hora de antecedência.
Para ter mais informações e conhecer o projeto de lei na íntegra, acessem http://goo.gl/enkj4J.
Informações para imprensa
Márcia Vilella | Felipe Martins | Natália Vitória
ASCOM SuperDir | SEASDH
(21) 2284-2475 | 8158-9692 | 7965-4313
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