sábado, 12 de outubro de 2013

Gays e suas famílias: 2º encontro de relatos e experiências



Gays e suas famílias: 2º encontro de relatos e experiências
19 de outubro de 2013 – das 14hs às 17hs
UFF (Rua Visconde do Rio Branco, s/nº), Instituto de Educação Física, Campus do
Gragoatá

Quem somos?

O grupo Diversidade Católica é um movimento de gays católicos praticantes que buscam conciliar as duas identidades: homossexual e religiosa. O grupo procura, dentro do diálogo sadio, caminhar junto à Igreja Católica, respeitando e reconhecendo sua liderança no papa Francisco, refazendo a ponte entre a comunidade homossexual e a Igreja, tendo como diretriz a certeza de que a mensagem do Evangelho é para todos e que não pode haver exclusão de qualquer forma dentro da expressão de fé.

O grupo foi criado em 2008 e vem crescendo desde então, contando com mais de 200 membros e grupos irmãos em São Paulo, Brasília e Belo Horizonte.

O grupo Diversidade Católica não visa a dissidência ao Catolicismo, e sim a acolhida e reintegração de católicos gays que, por qualquer motivo, se sentiram excluídos da Igreja, mas sentem o desejo de retornar à comunidade.

O grupo Diversidade Católica atua virtualmente através do blog [diversidadecatolica.blogspot.com.br], do site [www.diversidadecatolica.com.br] e de sua página no Facebook [www.facebook.com/diversidadecatolica].

Valores que norteiam a atuação do grupo:

1. Dignidade. Todas as identidades e orientações sexuais gozam de igual dignidade.

2. Perseverança. Somos cientes das provações do caminho e nos mantemos fiéis à missão.

3. Fraternidade. Somos uma comunidade cujos membros se ajudam mutuamente.

4. Tolerância. Estamos abertos ao diálogo com outros pontos de vista.

5. Fidelidade. Somos membros inalienáveis da Igreja Católica Apostólica Romana.

6. Caridade. Ajudamos o desenvolvimento pessoal dos nossos membros e da comunidade externa.

Sobre o evento "Gays e suas famílias"


O grupo Diversidade Católica organizou uma tarde de encontro e partilha sobre os novos formatos familiares e a relação dos gays com suas famílias, abrindo espaço para a troca de experiências entre pais e mães de gays e gays que são pais, mães, tios... e como conciliam sua identidade LGBT com sua fé cristã, como vivem sua identidade religiosa e como sentem a comunidade da qual fazem parte.

Para mais informações:

E-mail: contato@diversidadecatolica.com.br
Responsável pela assessoria de imprensa para o evento: Cristiana Serra
cristiana.serra@gmail.com | (21) 8004-2221

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Projeto Damas no Profissão Repórter



Nesta terça-feira (08), o programa "Profissão Repórter", da TV Globo, fala sobre o universo da prostituição em três capitais brasileiras. No Rio de Janeiro, a atração mostra a iniciativa do Projeto Damas, que capacita travestis e transexuais para o mercado de trabalho.

A repórter Thais Itaqui mostra detalhes do projeto, que busca  a reinserção social e profissional  por meio de incentivo a escolaridade e empregabilidade. A travesti Melissa é uma das entrevistadas e conta sua saga a procura de uma oportunidade de emprego.

Em São Paulo, Eliane Scardovelli aborda casos de mulheres mais velhas, que por desilusões amorosas ou dificuldades financeiras, voltaram para a prostituição e trabalham na região da Estação da Luz.

Já em Belo Horizonte, a vídeo-repórter Valéria Almeida conhece a Aprosmig (Associação das Prostitutas de Minas Gerais), que busca pela legalização da profissão e tem 2 mil mulheres cadastradas.

O "Profissão Repórter'" vai ao ar logo após a série "Pé na Cova", na Globo.

Site A Capa




Quando, em Fevereiro de 2007, vários casais homossexuais começaram a entrar com ações na justiça argentina por que queriam se casar, parecia impossível que conseguissem. E quando a Federação Argentina LGBT, junto com um grupo de parlamentares, começou a impulsionar um projeto de lei de reforma do Código Civil para legalizar o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, ninguém levou a sério.

Era uma loucura pensar que uma coisa dessas pudesse acontecer na Argentina. Mas aconteceu, em apenas três anos.

O autor desse livro fez parte desse grupo de loucos que acreditou que era possível, e agora conta como conseguiram. Pela primeira vez, explica a estratégia que levou à conquista do casamento igualitário na Argentina e conta aqui os bastidores da campanha, as estratégias usadas, as pressões, e as intrigas que ninguém tinha revelado.

Ele conta, também, como a experiência argentina serviu para organizar a campanha pelo casamento igualitário no Brasil, que coordena, junto com outro ativista, a pedido do deputado Jean Wyllys.

Edição em papel: http://bit.ly/1bqQQl7
Edição em ebook: http://bit.ly/17duA9z

TÍTULO: CASAMENTO IGUALITARIO
ISBN: 9788576173045
IDIOMA: Português
ENCADERNAÇÃO: Brochura
ANO DE EDIÇÃO: 2013
AUTOR: Bruno Bimbi
TRADUTOR: Rosanne M. Nascimento de Souza
PREFÁCIO: Jean Wyllys


Fonte

A sociedade como um todo é vítima da homofobia


O tocante documentário Valentine Road em exibição no Festival do Rio mostra com uma contundência brutal que a homofobia mata de forma violenta crianças, mas não só isso, ela corroi a sociedade como um todo.

Larry King, de 14 anos, foi assassinado por um colega de 14 anos para quem se declarou no Dia dos Namorados, dentro da sala de aula em frente dos seus colegas.

O filme mostra não só a história trágica de Larry, um verdadeiro heroi e mártir, mas procura também entender porque um menino de 14 anos faria isso com outro. 

Todos os envolvidos são entrevistados e as questões vão aparecendo: o ódio religioso, étnico, o despreparo da escola, e o lamentável fundamentalismo religioso que serve como fundamento para ataques homofóbicos de pessoas que acreditam que estão certas e que são até mesmo bem intencionadas. 

Nada pode justificar o que aconteceu com Larry, mas pelo menos sua história está registrada em um filme diante do qual é impossível não se emocionar e refletir sobre os fatos.

Infelizmente, Larry não é a única vítima de crimes homofóbicos e transfóbicos, a maioria não aparece, desparece qualquer registro e mesmo aqueles que são notificados não recebem no Brasil a atenção que receberam casos semelhantes nos EUA, como os de Mathew Shepard, Brandon Teena, Bobby Griffith e outros.

Onde estão os filmes, as peças, as entidades em memória das vítimas brasileiras? Tanto aqui quanto lá, ocorre a violência, a impunidade, lá menos do que aqui, a indiferença e ambiguidade da sociedade em relação aos casos e a tentativa de transformar as vítimas em algozes, mas no Brasil, a situação é ainda mais triste porque nossos mártires são esquecidos, nem mesmo sua história fica para servir de alerta para que outros crimes não se repitam, alerta para a vulnerabilidade da população LGBT em especial dos mais jovens. 

Preservar essa memória é uma tarefa de todas as pessoas de bem e em especial de pessoas que acreditam em um Deus de amor, no amor de Cristo, não podemos permitir que casos como esse continuem se repetindo em silêncio.



O caso de Larry King guarda semelhanças com o de Alexandre Ivo que foi encontrado morto ao lado de um valão na rua Leopoldo Marins, no bairro Califórnia, em São Gonçalo no dia 21 de junho de 2010. De acordo com as investigações, ele saía de um churrasco na casa de uma amiga, quando foi sequestrado, torturado e estrangulado até a morte por um grupo de skinheads, que prega a ideologia neonazista de intolerância. 



Vídeo em memória de vítimas da homofobia no Rio Grande do Norte.

Valentine Road será exibido no dia 10 às 21:50 no Estação Vivo Gávea 1. 

Resenha: Hugo F Nogueira

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Aumento do contágio do HIV entre jovens homens gays desafia especialistas


De acordo com dados do último Boletim Epidemiológico Aids/DST do Ministério da Saúde (2010), o número de casos de infecção por HIV entre gays brasileiros de 15 a 24 anos de idade aumentou 10,1% entre 2000 e 2010. Na Austrália, o crescimento da incidência entre público semelhante foi de 8% de 2010 para 2011. A tendência se repete em países da Europa e nos EUA e indica que homens gays, especialmente os mais jovens, têm se prevenido cada vez menos contra o contágio.
Com tanta informação sobre o assunto desde os anos 1980, parece estranho deparar-se com tamanha ampliação. Mas a explicação, segundo o sociólogo Garrett Prestage , da Universidade de New South Wales (Austrália), está justamente na evolução da doença e de seu tratamento.

Desde o começo dos anos 2000, a infecção por HIV é vista mais como uma doença crônica do que como uma sentença de morte. Hoje, os homens gays preocupam-se mais com os efeitos colaterais dos medicamentos do coquetel do que com a doença em si”, disse ele no 21º Congresso da Associação Mundial pela Saúde Sexual, que aconteceu em Porto Alegre de 21 a 24 de setembro.
“Em depoimentos colhidos por Garrett em 2012, durante uma pesquisa sobre os hábitos sexuais dos homens gays que não sabem se são soropositivos ou não, a diferença de mentalidade em relação ao HIV de acordo com a idade ficou muito clara.
Em sua imensa maioria (83%), homens com mais de 40 anos declararam que ficariam “acabados” se soubessem que estavam infectados, pois isso “mudaria todo o estilo de vida”. Já 58% daqueles entre 15 e 39 anos garantiram que “não reconhecem o HIV como um risco”, já que “a vida continua e pode ter qualidade, graças aos medicamentos disponíveis”. “Eles alegam ter consciência do risco que estão dispostos a correr. Não são um grupo de risco, isso nem existe mais, mas assumem um comportamento de risco”, contou o sociólogo.
Não é só distribuir camisinha
Para Garrett, uma das maiores dificuldades para dialogar com esse grupo de jovens homens e alertar sobre os riscos reais da doença é compreensível: “Devido às feridas emocionais que a maioria carrega por causa do preconceito social e até familiar, homens gays têm muita resistência a aceitar conselhos sobre como se comportar, especialmente sexualmente”.
Simplesmente distribuir camisinhas e panfletos com informações sobre a AIDS em datas específicas (Parada Gay, por exemplo) está longe de ser a atitude ideal no sentido da conscientização. A socióloga Eleanor Maticka-Tyndale , da Universidade Windsor (Canadá), defendeu, no mesmo painel do Congresso, que o trabalho de prevenção precisa ser o mais íntimo possível.
“Quanto mais próximo do grupo estiver o agente, maior a chance de sucesso. Uma organização pelos direitos LGBT tem muito mais chance de alcançar os homens gays ao promover conversas, palestras e debates, do que uma campanha do governo”, afirmou.
O papel da indústria pornográfica
O epidemiologista especializado em sexologia Simon Rosser , da Universidade de Minnesota (EUA), enxerga na indústria pornográfica uma chance para advertir sobre os riscos da infecção por HIV e a necessidade do uso de preservativos. Ele falou, durante o Congresso, sobre seu mais recente estudo sobre o assunto – uma pesquisa online, com homens maiores de 18 anos que tivessem feito sexo com homens nos últimos três anos.
Segundo os resultados, conteúdo pornográfico (especialmente filmes) é consumido por 98,5% desses homens diariamente, seja pelo computador, em DVDs ou pelo smartphone. “85,7% deles, mesmo preferindo assistir a cenas de sexo em que não há uso de camisinha, não se incomodariam se elas começassem a ser utilizadas para alertar sobre a necessidade de seu uso para evitar o HIV”, relatou. Além disso, eles considerariam interessante haver propagandas rápidas antes dos filmes sobre o tema.
“O desafio atual é se integrar ao grupo para poder dialogar. Eles são jovens, eles são descolados. Não adianta tentar se enturmar usando terno e gravata, com planilhas de dados nas mãos. Ouvir, argumentar e aceitar são peças fundamentais para buscar uma nova conscientização”, finalizou.

Pai escreve carta para filha que expulsou neto por ser homossexual



Nos Estados Unidos, um avô resolveu sair em defesa do seu neto, que foi expulso de casa pela própria mãe após se assumir gay. Em carta, o pai diz para filha Christine que ela está certa sobre existir uma “vergonha na família”, mas errada por não ter considerado ela própria a vergonha.
 
“Expulsar Chad de casa simplesmente porque ele disse que é gay é uma verdadeira ‘abominação’”, escreveu.

A carta foi compartilhada no Facebook através da página da FCKH8, que luta pelos direitos dos homossexuais. A imagem já recebeu milhares de curtidas. Abaixo, confira a tradução da carta.

“Querida Christine,
 
Estou desapontado com você como filha. Você está correta sobre termos uma “vergonha na família”, mas errou sobre qual.
 
Expulsar seu filho de casa simplesmente porque ele disse a você que era gay é a verdadeira “abominação” aqui. Uma mãe abandonando o filho é que é “contra a natureza”.
 
A única coisa inteligente que ouvi você falar sobre tudo isso é que “não criou seu filho para ser gay”. Claro que não criou. Ele nasceu assim e escolheu isso tanto quanto escolheu ser canhoto. Contudo, você fez a escolha de ser odiosa, mente fechada e retrógrada. Portanto, já que estamos no negócio de abandonarmos filhos, acho que chegou a hora de dizer adeus a você. Eu agora tenho um fabuloso (como os gays dizem) neto para criar e não tenho tempo para uma filha que é uma vadia sem coração.
 
Se você encontrar seu coração, ligue para a gente.
 
Papai"

A homofobia é pecado


Reverendo Gary Hall da Catedral de Washington diz que a homofobia é pecado.

"Precisamos ter coragem de dar o próximo passo e chamar a homofobia e o heterossexismo de pecado. Humilhar pessoas por amar é pecado. Só quando as igrejas afirmarem isso claramente, os jovens LGBT estarão livres para crescer em uma cultura que os aceita como eles são. É trágico, uma vergonha, que comunidades cristãs coloquem crianças em situação de risco aprovando atitudes que as oprimem, porque dessa forma elas encorajam os agressores a expor as crianças à humilhação, dor e violência."

Ele fez esses comentários durante a missa que ocorreu durante o final de semana em honra dos jovens LGBT da Catedral marcando 15 anos do assassinato de Mathew Shepard, vítima de um crime homofóbico. O fórum contou com a participação de Judy Shepard, mãe de Mathew; Jane Clementi, mãe de Tyler Clementi, jovem que cometeu suicídio depois de sofrer cyber bullying; e do ativista Joshua Deese do Projeto Trevor de prevenção contra o suicídio de jovens LGBT.

Reverendo Hall anunciou que a partir deste ano a Catedral Nacional vai passar a celebrar casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

"Não é apenas ok ser gay, hetero, bissexual ou transgênero. É bom ser dessas diferentes maneiras porque foi assim que Deus nos criou", disse o reverendo. 


Tradução e adaptação: Hugo Nogueira

O sono da razão produz monstros



O documentário Mea Maxima Culpa em exibição no 15º Festival do Rio apresenta de forma contundente muitos dos dilemas que a população LGBT se depara em relação à hierarquia da Igreja.

Isso se dá de forma transversal, porque o tema do documentário é o abuso sexual, particularmente de garotos, mas o filme ajuda a entender melhor porque é tão difícil que a população LGBT seja reconhecida como parte da igreja sem discriminações.

Um bom histórico da questão do abuso sexual é exposto no filme que termina com a renúncia de Bento XVI, a questão que fica é como o papa Francisco vai lidar com a questão do abuso sexual dentro da igreja? A resposta para essa questão pode servir de chave para responder outras questões como, por exemplo, o não reconhecimento da união civil entre pessoas do mesmo sexo, o celibato e a ordenação de mulheres.

O filme denuncia a maneira como a hierarquia da igreja, o direito canônico, o próprio status do Vaticano como nação dificultam o enfrentamento de questões tão sérias como o abuso sexual. 

Muitas informações presentes no filme podem chocar e surpreender, a questão principal não é questionar se elas são verdadeiras ou não, a verdadeira questão é que o silêncio, a invisibilidade permitem que situações como o abuso sexual aconteçam, "o sono da razão produz monstros".

A homossexualidade era condenada como sodomia pela Inquisição e a sodomia era um pecado nefando, isto é, o que não pode ser dito. Esse é o histórico da questão LGBT dentro da igreja que até hoje precisa enfrentar a imposição desse silêncio. 

O documentário mostra garotos surdos enfrentando o silêncio sobre o abuso sexual que isso sirva de lição para que a população LGBT também enfrente o silêncio que sofre por parte da hierarquia da igreja e cobre do papa Francisco as reformas necessárias. Suas declarações e atitudes em relação à hierarquia demonstram que ele tem boa vontade, rezemos todos por ele. 

Mea Maxima Culpa tem sessão dia 19 às 15h50 no Estação Vivo Gávea. O filme não terá exibições no cinema fora do Festival do Rio, mas, a partir de 9 de novembro estará na programação da HBO Brasil. 

Resenha: Hugo Nogueira

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