quinta-feira, 3 de outubro de 2013

1º Baile de Gala amfAR no Rio de Janeiro - Grupo Pela Vidda-RJ


O Grupo Pela Vidda Rio de Janeiro receberá parte da renda do evento que acontece no dia 4 de outubro no Copacabana Palace
 A amfAR, Fundação para Pesquisa da AIDS, líder mundial na luta contra o HIV / AIDS, escolheu a instituição brasileira que será beneficiada pelo primeiro Inspiration Gala no Rio de Janeiro. Parte da renda do evento, que será realizado no dia 04 de outubro no Copacabana Palace, vai para o Grupo Pela Vidda Rio de Janeiro (Grupo pela Valorização, Integração e Dignidade do Doente de Aids). Desde 2011, as três edições brasileiras do tradicional baile de gala já arrecadou mais de U$ 4 milhões para fundações com programas de apoio e pesquisas sobre o HIV/ Aids. O evento mais recente beneficiou a Sociedade Viva Cazuza.
 Fundada pelo escritor Herbert Daniel, em 1989, a ONG Pela Vidda foi o primeiro grupo a ser criado no Brasil por pessoas vivendo com HIV e AIDS, seus amigos e familiares, para combater a epidemia. Sua missão é desconstruir o estigma social que isola muitas pessoas que possuem o vírus do HIV, ao reintegrá-las na sociedade e defender seus direitos e sua dignidade. A ONG é apoiada por fundos de organizações nacionais e internacionais e também tem parcerias com organizações locais. O Grupo Pela Vidda desenvolve e realiza atividades de prevenção, educação e treinamento, e produz publicações e materiais informativos para grupos populacionais específicos. Junto com o Grupo Pela Vidda-Niterói (RJ), realiza a maior conferência comunitária regular sobre HIV / AIDS na América Latina, o Encontro Nacional de Pessoas vivendo com HIV e AIDS.
 O Vice-Presidente do Grupo Pela Vidda, George Gouvea, afirma: "Nos últimos anos, a falta de recursos tem sido uma realidade para as ONGs que trabalham com AIDS em nosso país. O apoio da amfAR será essencial para que o grupo continue promovendo a qualidade de vida dos pacientes com HIV por meio da defesa dos direitos humanos fundamentais, garantindo o acesso à informação e luta contra a discriminação e outras formas de exclusão social, pela edificação de uma sociedade mais solidária e justa.”
 Desde a fundação da instituição, em 1985, as pesquisas da amfAR tem beneficiado pessoas contaminadas pelo HIV / AIDS em todo o mundo O progresso do combate ao HIV/AIDS no país e no mundo tornou-se possível, em parte, pela pesquisa científica financiada pela amfAR, que levou ao desenvolvimento de quatro das seis principais classes de medicamentos anti-HIV. As pesquisas financiadas pela amfAR também levaram ao uso de medicamentos antirretrovirais para prevenir a transmissão do HIV da mãe para o filho, que já foi praticamente eliminada em muitas partes do mundo. Enquanto a amfAR hoje apoia a pesquisa sobre a cura para o HIV, o seu objetivo é também colaborar diretamente com instituições brasi leiras dedicadas à causa do HIV / AIDS. No passado, a Fundação apoiou o trabalho de várias organizações comunitárias brasileiras, juntamente com dezenas de outras em toda a América Latina, que trabalhavam para reduzir o impacto do HIV entre gays, outros homens que fazem sexo com homens e transgêneros.
 "Estamos muito satisfeitos de escolher Pela Vidda como beneficiária do primeiro Gala no Rio de Janeiro", diz o CEO da amfAR, Kevin Robert Frost. "Esta ONG altamente respeitada, localizada no Rio, tem desempenhado um papel importante na luta contra a AIDS e contra o estigma social terrível que continua a cercar esta doença."
 Sobre o primeiro Inspiration Gala Rio de Janeiro:
 O primeiro Inspiration Gala Rio de Janeiro será realizado no dia 4 de outubro no Copacabana Palace Hotel. O evento é patrocinado pela M • A • C Viva Glam, Microsoft, Shopping Leblon, Carla Amorim, Silvia Furmanovich, Jack Vartanian, Moët & Chandon, Belvedere Vodka, Vogue Brasil e o Festival do Rio de Cinema. Ele contará com celebridades internacionais, como Goldie Hawn, Kenneth Cole e Linda Evangelista, e celebridades nacionais, como Alessandra Ambrósio, Izabel Goulart e o estilista Carlos Tufvessom, um fervoroso apoiador da amfAR. O Gala no Rio também celebra a estreia do filme "A Batalha de amfAR", um documentário sobre Elizabeth Taylor, cofundadora da instituição, que será exibido no Festival de Cinema do Rio no dia 3 de outubro.
 Sobre amfAR:
 A amfAR, Fundação para Pesquisa da AIDS, é uma das maiores organizações sem fins lucrativos do mundo dedicada ao apoio da pesquisa da AIDS, prevenção, tratamento, educação sobre o HIV e a defesa de uma boa política pública relacionada a AIDS. Desde 1985, a amfAR investiu mais de R$ 810 milhões* em seus programas e concedeu bolsas para mais de 2.000 grupos de pesquisa em todo o mundo. Para mais informações, visite: www.amfAR.org.
 Para mais informações, favor contatar:
 Amanda Vidigal 
 Lorena Ribeiro
 Jannaina Costa

Quem é normal?


O papa Francisco, recentemente, lembrou que a Igreja Católica não deve se esquecer que ela tem, antes de mais nada, missões positivas --de obras e de fé. Claro, ela pode se opor tanto ao casamento gay quanto ao aborto, mas sem confundir essas preocupações com o essencial de seu ministério. Seria fácil acrescentar que, de qualquer forma, em matéria de proibição, a Igreja só escreveu as páginas mais nefastas de sua história.
Enfim, a fala do papa assinala que provavelmente, aos poucos, o casamento gay se tornará, por assim dizer, usual. Nas próximas décadas, senão nos próximos anos, ele integrará as modalidades habituais de amor e convivência. O casamento gay nos parecerá tão normal quanto o casamento heterossexual.
Visto que eu prezo a liberdade individual, só me restaria festejar. E festejo, mas com uma reserva: não gostaria que a aceitação do casamento gay criasse uma espécie de boa consciência coletiva, segundo a qual estaríamos fazendo as pazes com a diversidade do mundo e a variedade do amor e do desejo.
Nada disso: começaremos a entender e aceitar a diversidade do mundo quando pararmos de imaginar que o casamento heterossexual seja algum tipo de baluarte contra a bizarrice do sexo e do desejo. Ou seja, na hora em que o casamento gay está sendo normalizado, é urgente se lembrar de que o casamento heterossexual só foi e é "normal" em aparência.
Se você quiser chacoalhar um pouco suas ideias em matéria de casamento heterossexual e de "normalidade", ainda há uma chance.
Depois de uma temporada no Centro Cultural São Paulo e outra nos Satyros, "Lou & Leo", de Nelson Baskerville e Leo Moreira Sá, volta brevemente, a partir de amanhã, no Teatro do Ator, em São Paulo, na praça Roosevelt (dia 4 de outubro às 23h, dias 11, 18 e 25 de outubro às 21h30).
A peça dramatiza a história da aventurosa vida do próprio Leo, que faz o papel de si mesmo. Leo nasceu Lou, foi baterista das Mercenárias (famosa banda rock punk dos anos 1980), envolveu-se com tráfico de drogas, passou anos preso (ou presa, no caso, por isso acontecer, inevitavelmente, em presídios femininos) e se tornou homem e ator.
Mais importante aqui é que o grande amor da vida de Leo foi Gabi (na peça, a ótima Beatriz Aquino). Leo e Gabi se amaram e se casaram, no civil, em 2002 (divorciaram em 2012). Se o casal quisesse, o casamento poderia ter sido celebrado no religioso também.
Você perguntará: como foi possível, se Leo, juridicamente ainda era Lourdes? Foi casamento gay em 2002? Nada disso, foi um casamento absolutamente normal, entre um homem e uma mulher: se Leo tinha nascido e estava registrado como Lourdes, Gabi tinha nascido e estava registrada como Carlos.
Para o cartório que os casou, portanto, Carlos e Lourdes eram um casal heterossexual. De fato, Lou (que era quase Leo) queria ser o homem para uma mulher. E Carlos (que já era Gabi) procurava um homem para quem ser mulher.
Em suma, foi um amor improvável. Mas, para que alguém se transformando de mulher para homem pudesse se casar com um travesti (como Gabi se via na época), não precisou que existisse o casamento gay: o casamento heterossexual, em sua "normalidade", foi suficiente.
Claro, a história de Leo e Gabi é um caso extremo, paradoxal. Mas sua estranheza não deveria esconder sua "banalidade". "Banalidade"? Isso mesmo. O casamento de Leo e Gabi é "banal", não porque seria corriqueiro o amor entre um transexual e um travesti, mas porque (sem exagero) o amor e o sexo, em qualquer casal dito heterossexual, são quase sempre tão paradoxais quanto o amor e o sexo entre Leo e Gabi.
Na peça, há momentos francamente engraçados. Um deles é quando se trata dos começos do casal: para Leo, a presença de um pênis entre as pernas de Gabi podia ser supérflua e incômoda, enquanto, para Gabi, talvez o problema fosse a ausência de um pênis entre as pernas de Leo. Lembrei-me imediatamente de um casal heterossexual no qual ambos declaravam que, na transa, nenhum deles sabia mais de quem era o pênis.
Enfim, por sorte dos heterossexuais, a heterossexualidade não implica nem garante nenhuma "normalidade". A grandíssima maioria dos casais heterossexuais são bizarros (ou seja, singulares), a começar por aqueles que passam a vida sem sexo ou quase.
Ou seja, gays ou héteros, somos, de fato, todos anormais.

CONTARDO CALLIGARIS

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Entre a cruz e o arco-íris – a complexa relação dos cristãos com a homoafetividade


Na última década, assuntos como religião e homossexualidade se tornaram pauta de acaloradas discussões entre cristãos e a comunidade gay. Na época da campanha presidencial de 2010, quando acompanhava a candidata Marina Silva, para escrever o livro biográfico sobre a então senadora, a jornalista Marília de Camargo César percebeu que o tema polêmico merecia uma atenção especial.

Ela partiu para fazer uma grande reportagem sobre o assunto. O resultado pode agora ser conferido em “Entre a cruz e o arco-íris – a complexa relação dos cristãos com a homoafetividade”, lançamento da Editora Gutenberg.

Como alguém que é homossexual pode expressar sua fé cristã publicamente? Seria esse um direito negado a quem não é heterossexual? É a homoafetividade um pecado sem perdão e que exclui da religião todos os que são assim?  Existiria “cura”? Como as igrejas tratam os gays? A partir de questionamentos como esses, nasceu este livro, uma reportagem contundente e abrangente sobre a complexa relação entre os cristãos, em especial os evangélicos, e a homossexualidade.

Em um tom jornalístico fluido e investigativo, Marília traz à tona fatos e informações a partir de pesquisas sólidas em dados históricos, procurando a origem do pensamento de exclusão social e religiosa dos homossexuais pelos cristãos. Além disso, evidencia também sentimentos e opiniões sobre o tema por meio de dezenas de entrevistas com religiosos, pastores, gays, ex-gays, ex-ex-gays, familiares, historiadores, teólogos, psicólogos, sociólogos e especialistas da área médica e de ciências humanas.

O resultado é um mosaico de histórias profundamente humanas, que mostram, além de argumentos e discussões em torno de questões polêmicas, muitos conflitos e atitudes causadoras de sofrimento. É a riqueza de pontos de vista, no entanto, que lança mais luz à questão: leituras fundamentalistas do livro sagrado, leituras mais liberais da chamada teologia inclusiva, relatos de gays ateus, posturas dos que optaram pela castidade para professar sua religião, e opiniões de quem entende que fé tem pouco a ver com orientação sexual.

A dúvida que pode emergir de uma discussão assim talvez consiga romper a casca rígida das certezas cristalizadas e definitivas, e origine uma nova visão de mundo com menos dor e mais humanidade.

“Entre a cruz e o arco-íris” - Marília de Camargo César
240 páginas
R$ 29,90

Mix Brasil

terça-feira, 1 de outubro de 2013

I Encontro Nacional Mães Pela Igualdade


Dias 4, 5 e 6 de Outubro, estarei em Brasília para o primeiro encontro nacional das Mães pela Igualdade, representando meu Estado…São Paulo.  Serão dias intensos de eventos , debates e reuniões , onde seremos leoas em defesa de nossos filhos. Me perguntaram o que espero do encontro. Eu espero conhecer pessoalmente as outras mães  que tem históricos de vida parecidos com o meu. Eu espero ,  solidificar o nosso movimento , para que consigamos a cada dia tirar mais mães e famílias do armário e que possamos fazer da nossa luta , uma luta coesa e uma grande progressão geométrica.  Que nossos filhos, que são a bola da vez , a cortina de fumaça para os desmandos dos fundamentalistas, dos comerciantes da fé, dos amoladores de faca,  de governos sequestrados, se sintam a cada dia mais protegidos e amados pelos seus. Que nós mães com nosso amor sejamos escudo para o ódio que  cerca os nossos filhos.  E no Domingo, quando acaba o encontro, quando entrarmos na Parada, com a nossa colcha colorida em homenagem as vitimas da homofobia, farei uma oração baixinho para que todas as mães brasileiras venham segurar a colcha conosco  para que acabe o ódio, as mortes, a violência e  a agressão. Para que  algum dia eu possa  fechar meus olhos a noite, sem a visão do meu filho, meu menino,  sendo espancado, torturado ou morto…Convido a todos aqueles  que amam um LGBTT, que se unam ao amor das MÃES PELA IGUALDADE !

Maju Giorgi, militante da causa gay, é uma mãe com orgulho. Ela vai dar sua opinião sobre os acontecimentos e responder cartas, para ajudar mães e filhos a resolver questões da vida e de relacionamento em família.


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