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terça-feira, 3 de junho de 2014

Jogue com orgulho: celebrando a igualdade entre os atletas


Em tempos de Copa do Mundo, a campanha #JogueComOrgulho, lançada pelo Google, é um grande exemplo para as empresas e a sociedade em geral.

O Google lança hoje uma campanha global para a Copa do Mundo promovendo a igualdade racial e o fim do preconceito a homossexuais no esporte. A iniciativa ocorre uma semana depois de o Google divulgar um relatório que mostra que a maioria dos seus funcionários é homem e branca e admitir publicamente que tem um problema de desigualdade para resolver dentro da empresa.

"Essa campanha faz parte de uma grande iniciativa do Google de abraçar como causa a questão da diversidade e se posicionar contra os preconceitos por raça, gênero e a homofobia", disse o presidente do Google no Brasil, Fabio Coelho.

No último dia 29, o Google divulgou um relatório apontando que 70% dos seus 45 mil funcionários no mundo são homens. A presença das mulheres é menor ainda considerando apenas as aéreas de tecnologia (17%) e liderança (21%). Os trabalhadores do Google são, em sua maioria, brancos (61%) ou asiáticos (30%), considerando apenas o escritório dos Estados Unidos. Os negros e hispânicos representam apenas 5% da equipe. Não há dados sobre a divisão étnica dos cerca de 600 funcionários do Google no Brasil.

"O Google não está no lugar que nós gostaríamos quando olhamos a questão da diversidade e é difícil enfrentar esse desafio se você não estiver preparado para discutir isso abertamente", afirmou o vice-presidente sênior da área de recursos humanos do Google, Laszlo Bock, em publicação no blog corporativo que apresentou o diagnóstico sobre a equipe do Google.

Para o presidente do Google do Brasil, ao abrir seus números e admitir que tem um problema, a empresa dá um primeiro passo para se tornar mais inclusiva. "O Google vai ser uma empresa melhor quando sua equipe refletir de forma mais fiel a diversidade que existe na população", disse Coelho.

A companhia não tem cotas para recrutar minorias, mas diz que tem programas para fomentar o acesso à área de tecnologia dos grupos menos representados. Um exemplo é a criação de um programa que leva mulheres latinas à sede do Google no Vale do Silício para ter aulas de ciências da computação. Há iniciativas similares em universidades americanas com maior porcentual de alunos negros.

Para o consultor da empresa de recrutamento de executivos Exec, Rodrigo Foz Forte, a desigualdade racial e de gêneros nas empresas não é exclusividade do Google. "A qualificação é o que mais pesa na hora de contratar. As empresas não costumam pedir para priorizar ou restringir raças ou gêneros específicos", explica. Segundo ele, a desigualdade histórica de acesso a formação escolar de qualidade entre a população negra é um dos fatores que reduz sua presença no alto escalão.

Campanha. O Google divulgará no YouTube um vídeo contra o preconceito no esporte [acima]. O filme traz depoimentos de atletas brasileiros, como Neymar e Marta; dos astros do basquete Kobe Bryant e John Amaechi; e do jogador de futebol americano Michael Sam, o primeiro da liga americana a se assumir gay.

No Brasil, o Google passou a defender publicamente os diretos dos homossexuais em 2012, quando divulgou um vídeo com depoimentos dos funcionários a favor do casamento gay. A empresa participou oficialmente da Parada Gay em São Paulo nos últimos dois anos. "A polêmica existe e há algumas críticas. Mas resolvemos adotar a causa", diz Coelho. Questionado se isso não é uma estratégia de
marketing, o presidente do Google nega. "Não é marketing. É uma crença corporativa."

Fonte

Campanha da PUC-GO contra a homofobia


Vejam só esta campanha realizada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás para o Dia de Combate à Homofobia, 17 de maio, deste ano de 2014. Clique nas imagens para ver em tamanho maior.

São as instituições católicas cumprindo sua vocação de promover a paz e a justiça social! 

 



domingo, 18 de agosto de 2013

Vocês são da Igreja Católica


Querid@s Amig@s,

É difícil descrever e resumir a emoção e alegria que foi o primeiro dia da campanha de doação de cobertores, agasalhos, meias, biscoitos, água, escovas-de-dente do Diversidade Católica.

Inspirados em Francisco e suas belas palavras na Videomensagem pela festa de São Caetano na Argentina, 7 de agosto de 2013, partimos para o encontro com os mais necessitados, "encontro com as pessoas que têm mais necessidade, daqueles que têm necessidade que nós demos uma mão a eles, que os olhemos com amor, que partilhemos a sua dor e as suas ansiedades, os seus problemas. Porém, a coisa importante não é olhá-los de longe ou ajudá-los de longe. Não, não! É ir ao encontro deles. Isto é cristão! Isto é aquilo que Jesus ensina: ir ao encontro dos mais necessitados. Como Jesus que ia sempre ao encontro do povo. Ele ia para encontrá-lo. Ir ao encontro dos mais necessitados.
Às vezes, eu pergunto a alguém:
“Você dá esmola?”.
Dizem pra mim: “Sim, padre”.
“E quando você dá a esmola, olha nos olhos da pessoa a quem dá a esmola?”
“Ah, não sei, não me dou conta disso”.
“Então você não encontrou a pessoa. Você jogou a esmola e foi embora. Quando você dá a esmola, toca a mão ou joga a moeda?”
“Não, jogo a moeda”.
“E então não o tocou. E se não o tocou, não o encontrou”.
Aquilo que Jesus nos ensina, antes de tudo, é encontrar-se e, encontrando, ajudar. Devemos saber encontrar. Devemos edificar, criar, construir uma cultura do encontro. Quantas divergências, problemas na família, sempre! Problemas no bairro, problemas no trabalho, problemas em todo lugar. E as divergências não ajudam. A cultura do encontro. Sair para encontrar-nos. E o tema diz: “Encontrar-nos com os mais necessitados”, com aqueles mais necessitados que eu. Com aqueles que estão passando por um momento difícil, pior que aquele que eu estou passando. Tem sempre alguém passando por algo pior, né? Sempre! Tem sempre alguém. Então, eu penso: “Estou passando por um momento difícil, estou na fila para encontrar-me com São Caetano e com Jesus e depois vou encontrar os outros, porque tem sempre alguém que passa por algo pior que eu”. Com estas pessoas, é com estas pessoas que nós devemos nos encontrar."
E foi assim que hoje se ainda havia alguma dúvida de que por sermos gays não fazemos parte da igreja católica, essa dúvida foi resolvida de uma vez por todas. Quando entregamos um cobertor, ouvimos de um irmão mais necessitado, uma pergunta que na realidade era uma afirmação: "Vocês são da Igreja Católica?". 
Sim, somos, com muito orgulho!

Hugo Nogueira
Equipe Diversidade Católica





terça-feira, 28 de agosto de 2012

Católicos americanos cantam por todos nós


Com legendas em português. :'-)

* * *


Como costumamos dizer em nossas reuniões: sejamos nós a Igreja que queremos ver no mundo. O que nos lembra, aliás, João Paulo I, em pronunciamento de setembro de 1978:

"Procuremos melhorar a Igreja, tornando-nos melhores. Cada um de nós, toda a Igreja, poderia rezar a oração que eu costumo rezar: Senhor, aceita-me como sou, com os meus defeitos, com as minhas faltas, mas faz que me torne como tu desejas. (...)"

(Via

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Mães pela Igualdade - Programa Andante



O Andante é um programa de cultura produzido por profissionais especializados contratados pela Uerj.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Nunca é demais googlar


Sim, a esta altura quase todo mundo já viu. Mas, como bem disse o Tony Goes em seu blog, e nunca é demais lembrar:

"Este é o caminho certo: mostrar que a causa do casamento civil igualitário também é apoiada por héteros. Temos amigos, parentes, conhecidos, muita gente que gosta da gente. Também tem muita gente que nem nos cohece, mas que tem a cabeça e o coração no lugar certo. Agora é torcer que outras empresas façam vídeos parecidos e que este movimento fique parecido com o "It Gets Better". E por falar em empresas, como é que a Parada Gay de São Paulo - nada menos que o 2o. evento que mais traz faturamento para a cidade - está com cada vez menos patrocinadores?"

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Todos os homens podem se casar


“Homecoming” é o título do curta-metragem produzido a fim de apoiar o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo na Inglaterra e no País de Gales.

De autoria do premiado cineasta Mike Buonaiuto, "Homecoming" retrata um soldado inglês que transforma o seu regresso ao país num pedido de casamento ao seu parceiro. Desde o seu lançamento, em abril último, já teve mais de 750 mil visualizações.

Em 2005 foi concedido aos casais constituídos por pessoas do mesmo sexo acesso à figura jurídica da união civil, mas ainda continua a ser negado o acesso ao casamento civil.

(Fonte: dezanove.pt)

terça-feira, 29 de maio de 2012

Simples e verdadeiro


A ILGA queria fazer um filme poderoso, simples e verdadeiro, para veicular no Dia Internacional de Combate à Homofobia. E conseguiu.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

As vadias vão às ruas

Mais informações aqui

“Eu morreria feliz se eu visse um Brasil cheio, em seu tempo histórico, de marchas. De marcha dxs que não têm escola, marcha dxs reprovadxs, marcha dxs que querem amar e não podem, marcha dxs que se recusam a uma obediência servil, marcha dxs que se rebelam, marcha dxs que querem ser e estão proibidxs de ser. Eu acho que, afinal de contas, as marchas são andarilhagens históricas pelo mundo.”

- Paulo Freire
(Citado pela Vivi, que explica direitinho Por que ir à marcha das vadias. Não deixe de ler, aqui)

"Há anos mulheres são ensinadas a não serem estupradas, mas nossa sociedade não parece preocupada em ensinar os homens a não estuprarem. Mulheres que sofreram algum tipo de violência sexual não são vadias. Nenhuma mulher é estuprável. Nenhuma roupa é um convite para o estupro. (...)

Para as mulheres, a palavra 'vadia' não tem o mesmo significado que para os homens. Vadias e vagabundas são todas as mulheres que ousam ir contra as regras do moralismo vigente. Apropriar-se do termo 'vadia' e ressignificá-lo é uma das principais estratégias do movimento. Se não posso usar a roupa que quero sem ser julgada por isso, se a liberdade das mulheres não é plena, então somos todas vadias.

Muitas pessoas acham ofensivo participar de uma marcha com esse nome. Não querem associar-se ao termo. Tomar para si a palavra 'vadia', tantas vezes usada para machucar, é uma forma de empoderamento, por meio de uma reação questionadora. Porém, é preciso ter em mente que há diferentes tipos de desigualdades e violências. Por isso é interessante ver que várias marchas têm buscado a inclusão e a coletividade, além do debate em relação a gênero, raça e sexualidade."

- Bia Cardoso, no Amálgama. Não deixe de ler MESMO, aqui.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos


Entre os dias 20 e 27 de maio, semana que antecede Pentecostes, cristãos de todo o hemisfério Sul estaremos unidos celebrando a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos; pessoas das mais variadas raças, etnias e culturas nos dedicaremos à reflexão sobre a importância da unidade na diversidade e à oração para que ela aconteça.

Mas o que é estar unido na diversidade?

A junção dessas duas palavras, unidade e diversidade, ou unidade na diversidade, dá a impressão de que é impossível construir um ambiente assim, pois, em tese, diversidade geraria separação. Mas no mundo cristão esse raciocínio dribla a lógica, pois o diálogo aberto e fraterno permite, mesmo na diversidade, a abertura ao outro, àquilo que eu não tenho, mas admiro e respeito no meu irmão de fé. Afinal, existe uma máxima que gere todos os cristãos: “maior é aquilo que nos une do que o que nos separa!...” Todos estamos sob um só Cristo, Pastor, fazendo parte do seu Rebanho. Os caminhos podem ser variados, mas a meta é sempre a mesma: “amar o próximo como a si mesmo...” (Gl 5,14).

A unidade dos diferentes nem sempre é fácil de conseguir, mas os esforços de muitas igrejas no Brasil, membros do CONIC ou não, têm sido cada dia maiores. Nesse sentido, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que este ano tem como tema “Todos seremos transformados pela vitória de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Cor 15, 51-58), pretende contribuir para que irmãos de diferentes denominações se juntem em momentos de partilha fraterna, comunhão eclesial e integração amiga.

Uma proposta: sem perder sua identidade, vá ao encontro do diferente! Participe e sejamos sempre irmãos de todos no Senhor!

- Pe. J. Ramón F. de la Cigoña SJ, no Terra Boa

sexta-feira, 18 de maio de 2012

40% dos países membros da ONU criminalizam relações homoafetivas


No Chile, no último 27 de março um jovem de 24 anos, brutalmente espancado, não resistiu e morreu. Morreu porque era homossexual. Daniel Zamudio entrou para a lista de casos de crimes de ódio e intolerância que imperam em pleno Século XXI. Hoje [Ontem] (17), Dia Internacional de Luta contra Homofobia, manifestações por direitos humanos se realizaram em vários países do mundo pedindo respeito à orientação sexual, direito à cidadania e justiça para casos como esses.

Todas essas manifestações fazem um contraponto a dados alarmantes que representam sérios retrocessos no trato dos direitos humanos de homens e mulheres, independente de suas orientações sexuais.

O relatório lançado ontem pela Associação Internacional Lésbica, Gay, Bissexual, Trans e Intersex (ILGA, por suas siglas em inglês) indica que 40% dos países membros da Organização das Nações Unidas criminalizam atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo. Mais: 78 países de 193 ainda possuem leis punitivas para pessoas que mantenham relações homoafetivas. Assim, por exemplo, é ilegal ser gay no Irã, na Argélia, Bangladesh (com pena de prisão perpétua), Arábia Saudita, entre outros.

Este relatório, lançado em Genebra, se concentra no levantamento de leis que criminalizam a atividade sexual com consentimento entre pessoas do mesmo sexo. "Lamentavelmente, esta sexta edição de nosso relatório anual sobre a homofobia de Estado contempla um aumento do número total de países no mundo cuja legislação persegue as pessoas em função de sua orientação sexual – agora são 78 contra os 76 do ano passado”, afirma o documento da Ilga.

Entre alguns avanços, o Brasil é citado por conta da homologação que reconhece a união entre pessoas do mesmo sexo, como pessoas possíveis de constituir famílias. No entanto salienta que o país ainda não tem uma legislação que puna devidamente casos de homofobia e dedique maiores proteção a esta população.

"Todavia, as políticas públicas em defesa e em favor das pessoas LGBT não são suficientes nem eficazes na redução da violência homofóbica, que inclui assassinatos de gays e lésbicas, violência moral e os preconceitos no trabalho e nos meios de comunicação. O Brasil não conta com nenhuma instituição pública nem um projeto específico contra as ocorrências de crimes por homofobia e violência, seja física ou simbólica”, assinala o relatório.

Na América Latina, diz o documento, apesar de os países serem signatários de vários tratados e convenções que protegem os direitos humanos no que diz respeito à orientação sexual e identidade de gênero, às condições de igualdade e liberdade cidadã, ainda não há um compromisso real e prático dos Estados em oferecer mecanismos que ponham fim à violência à população LGBT.

Nesta parte o levantamento do Ilga relata a morte do jovem chileno Daniel Zamudio e de 11 lésbicas na região da América Latina e Caribe que eram reconhecidas ativistas pelos direitos humanos. "É uma violência que não é coerente com a vontade expressada pelos governos que representam os estados assinantes [dos tratados e convenções]”, complementa.

Em Honduras, de setembro de 2008 a fevereiro deste ano, foram 71 mortes registradas de pessoas LGBT, segundo relatou à Ilga a Rede Lésbica Cattrachas. O Caribe também representa uma preocupação, já que 11 países dessa região ainda perseguem e castigam com prisão pessoas com orientações diversas que não sejam heterossexuais.

De todo modo, o relatório elogia as iniciativas da sociedade civil organizada que lutam cotidianamente pelos cumprimentos dos direitos LGBT, salientando que através delas é que é possível conseguir mudanças significativas neste cenário, neste mundo onde as pessoas precisam ser respeitadas pelo que são.

O relatório completo aqui. Mapas e gráficos produzidos pela ILGA sobre a homofobia no mundo, aqui (via Fora do Armário).

(Fonte: Adital)

terça-feira, 15 de maio de 2012

Amanhã, 16/5: III Marcha Nacional contra a Homofobia


Por Paulo Tavares Mariante, advogado, filiado ao PT em Campinas, militante pelos direitos humanos, Coordenador de Direitos Humanos do Identidade – Grupo de Luta Pela Diversidade Sexual, e Conselheiro Municipal de Saúde de Campinas – SP:

No próximo dia 16 de maio acontecerá em Brasília a III Marcha Nacional Contra a Homofobia, convocada pela ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, que reúne mais de 200 organizações de base por todo o território nacional) e com o apoio de outras redes e associações nacionais do movimento LGBT. Precisamos refletir sobre o momento em que vivemos no Brasil, do ponto de vista do reconhecimento dos direitos da diversidade sexual e dos enfrentamentos com o campo conservador (em especial o fundamentalismo religioso), a conjuntura e a correlação de forças. (...)

Em décadas de atuação do movimento LGBT e da diversidade sexual, travamos muitas lutas, e obtivemos algumas conquistas isoladas, como leis municipais e estaduais punindo a discriminação de caráter homofóbico, e algumas ações pontuais em políticas públicas municipais, estaduais e federais. E a presença de um Presidente da República – Lula – na abertura da I Conferência Nacional LGBT, em junho de 2010, dava a impressão de que outros avanços estavam por vir.

A campanha eleitoral de 2010, quando as três candidaturas de maior expressão eleitoral – Dilma, Serra e Marina – se submeteram às chantagens dos grupos religiosos conservadores, em temas e debates fundamentais para os direitos das mulheres e pela diversidade sexual – como aborto e casamento homossexual – e comprometendo gravemente o princípio da laicidade do estado – separação entre estado e religião – em seus discursos, foi a senha para que o fundamentalismo religioso desequilibrasse a balança a seu favor.

A desastrosa decisão da Presidenta Dilma Rousseff de suspender a distribuição dos materiais didáticos e pedagógicos do Projeto Escola Sem Homofobia – denominado por seus detratores como “kit gay” – pela pressão das bancadas fundamentalistas religiosas pôs mais combustível no motor do ódio. Rifar os direitos LGBT pela pressão dos conservadores religiosos não era em si nenhuma novidade – o Governo de Fernando Henrique Cardoso fez isso duas vezes, em Janeiro de 1999 e Maio de 2001 – mas a maior autoridade pública da Nação ir a frente às câmeras de TV e fazer uma fala lamentável – “de que seu governo não iria fazer ‘propaganda’ de ‘opções sexuais’(sic) – teve um peso considerável em todos os desatinos da homofobia religiosa que estariam por vir.

O fundamentalismo religioso é um fenômeno que merece uma análise mais cuidadosa por parte daquelas e daqueles que afirmam lutar pela democracia e pela igualdade de direitos. A questão vai muito além da homofobia e da negação de direitos à população LGBT, ou do rechaço aos direitos sexuais e reprodutivos, o que por si só já seria motivo de preocupação. Recentemente, um município importante na Bahia aprovou uma lei que torna obrigatório, em todas as escolas da rede pública municipal de ensino, que seja rezado no começo do dia a oração cristã conhecida como “Pai Nosso”. E professores de escolas públicas estaduais de diferentes estados constrangeram e intimidaram alunos adolescentes que não queriam participar de uma “oração” em sala de aula! Se olharmos o que vem ocorrendo por todo o Brasil perceberemos que o avanço do fundamentalismo religioso é uma ameaça concreta à própria democracia.

As decisões do Supremo Tribunal Federal que reconheceram a legitimidade jurídica das uniões entre pessoas do mesmo sexo e sua equiparação às uniões estáveis heterossexuais, bem como autorizando a realização do aborto nos casos de fetos anencéfalos, e ainda a constitucionalidade das cotas raciais nas universidades, têm sua importância numa espécie de contraponto à onda fundamentalista religiosa que acovarda o governo federal e o Congresso Nacional. Mas não podemos ter a ilusão de que isso é de fato uma garantia de que o quadro atual não possa piorar.

O fundamentalismo religioso está cada vez mais organizado, com peso considerável em espaços de mídia e de grupos econômicos, e a recente aliança com os ruralistas apenas evidencia qual a sua verdadeira opção política, que é pela direita. Este setor não tem qualquer dúvida quanto ao seu lado nas disputas sociais, inclusive nas que dizem respeito à classe trabalhadora, mesmo que faça isso de forma subliminar.

O movimento LGBT e pela diversidade sexual precisa de um esforço para superar a visão – equivocada, em nosso ponto de vista – de que podemos avançar em nossas lutas sem uma aliança estratégica com os demais segmentos oprimidos, discriminados e excluídos de nossa sociedade. Nenhuma opressão ou discriminação será superada enquanto outras coexistirem.

A construção de uma frente nacional pela igualdade de direitos, que aglutine militantes dos movimentos negros, feministas, LGBT e da diversidade sexual, da juventude, das pessoas com deficiência, idosos, trabalhadoras e trabalhadores, bem como sem terra, sem teto, e pela efetividade dos direitos sociais, para nós é tarefa essencial a ser desenvolvida e embora não seja simples ou fácil exige um esforço de unidade e de priorização.

Que a mobilização para a III Marcha Nacional Contra a Homofobia, na qual estaremos juntas e juntos gritando por nossos direitos em Brasília, seja também um momento para aprofundarmos essa reflexão, na perspectiva de construção de uma sociedade diferente, sem qualquer forma de opressão.

(Fonte: Fora do Armário)

Leia também:
Programação da Semana Nacional contra a Homofobia
Quando Deus pauta a política

domingo, 13 de maio de 2012

Feliz dia das mães! :-)


"Vídeo da campanha em homenagem aos Dia das Mães do Hospital Israelita Albert Einsten.

Que mais empresas tenham a iniciativa de reconhecer nossas famílias, fico muito feliz quando um trabalho sério reafirma a realidade: somos uma família como qualquer outra.

Obrigada Caroline Naumann, responsável pela presença do hospital na redes sociais, por auxiliar na realização deste projeto.

(...) Mais histórias da campanha podem ser assistidas no link do Especial Dia das Mães, famílias lindas e cada uma delas com suas particularidades e muito amor!"

(Fonte: Maternidade Lésbica)

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Universidade católica de Brasília vai dedicar dia ao combate à homofobia


No Dia Mundial de Combate à Homofobia, 17 de Maio, a Universidade Católica de Brasília vai realizar das 15h às 21h30 uma programação inteiramente dedicada ao tema da diversidade sexual, incluindo exibição do filme sobre o ícone do movimento militante Harvey Milk e um manifesto contra a intolerância em forma de beijaço. A realização é do DIV’GÊ.

(Fonte: Mix Brasil, com a colaboração do amigo @MarkosOliveira)

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Música contra a homofobia


Tudo melhora
Você chegou até aqui
Continue sendo quem você é
Para todos os homens de saia
Todos os meninos que amam meninos
E meninas que amam meninas
Eu te digo, vai melhorar.


Do blog Um outro olhar:

"O Projeto L (The L Project), encabeçado por Georgey Payne e Fi Milone, é uma organização que visa ajudar quem sofreu ou sofre com qualquer forma de bullying (forma de molestamento físico ou verbal), particularmente o homofóbico.

Em seu novo single, It Does Get Better ('Vai Melhorar Mesmo' - acompanhe a letra aqui), lançado em fevereiro deste ano, o Projeto L reuniu uma série de artistas talentosas, incluindo a legendária Horse, para enviar uma mensagem de esperança e de força para os que sofrem bullying, sobretudo os jovens, em função de sua orientação sexual.

O single foi inspirado numa história real e está sendo comercializado pelo iTunes. Mais informações na página do grupo no Facebook."

Como bem observou Miriam Martinho no Um outro olhar, "Esse tipo de ação criativa produz muito mais efeito no combate ao preconceito e à discriminação do que campanhas do contra esses e aqueles".

Contra a discriminação no ambiente de trabalho


Enquanto isso, do outro lado do Atlântico...

A mais recente campanha de sensibilização da Comissão Europeia questiona se alguma vez os trabalhadores se sentiram discriminados no seu local de trabalho.

Porque "a discriminação pode levar-nos a desejar esconder quem somos na realidade" a campanha "Pela diversidade. Contra a Discriminação" pretende chamar a atenção para o aumento da discriminação no trabalho através de anúncios com questões onde o rosto dos participantes é ocultado. Algumas das questões colocadas são: “Tem de esconder a sua origem étnica no trabalho?”; “Gostava de poder esconder a sua idade para conseguir emprego?” “Tem de esconder a sua orientação sexual no trabalho?”; “Gostava de poder esconder que é portador de deficiência para conseguir uma promoção?” e “Tem de esconder a sua religião no trabalho?”.

A campanha surge num momento em que o desemprego está a aumentar e em que as pessoas estão preocupadas com o futuro. Esta insegurança pode traduzir-se num aumento da discriminação e fazer com que as pessoas escondam diferenças entre elas e os respectivos colegas ou potenciais empregadores. Simultaneamente os anúncios relembram às pessoas os direitos existentes na lei e encaminham-nas para o respectivo organismo nacional para a igualdade. Em Portugal os casos de discriminação com base na orientação sexual ou identidade de género são remetidos para a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, que poderá oferecer aconselhamento e ajudar as vítimas a apresentarem uma queixa.

A campanha está activa nos 27 Estados-Membros da UE.

(Fonte: dezanove.pt)

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Exposição fotográfica “Mães pela Igualdade”


Nos últimos meses, mães de todo o Brasil vêm unindo forças contra a discriminação, a violência e a homofobia crescentes no país. E um dos resultados desta união é a exposição fotográfica itinerante “Mães pela Igualdade”, que será inaugurada ao público no dia 3 de maio (quarta-feira), na Praça XV, a partir de 10:00h. Durante todo o mês as fotos passarão por outras zonas da cidade. No dia anterior, 2 de maio, haverá coquetel para convidados de 17:00h às 21:00h.

A exposição retrata a dor e a alegria de 22 mulheres que têm ou tiveram filhos vítimas de preconceito e exclusão. As fotos expressam as histórias de amor e luta dessas mães pela igualdade e respeito. A responsável pela organização do grupo Mães pela Igualdade e pela mostra é a All Out – movimento global pela luta de direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transsexuais - em parceria com a Ceds (Coordenadoria da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio de Janeiro).

“O Brasil precisa das Mães da Igualdade. Elas nos mostram o poder da compaixão humana. Suas trajetórias de vida nos mostram que o amor incondicional é uma das coisas mais importantes”, diz Andre Banks, Diretor Executivo da AllOut. “Estamos orgulhosos de ver essas mulheres no centro de uma das cidades mais importantes do país e no mundo. As Mães da Igualdade são uma inspiração e esperamos espalhar o exemplo do Brasil para todas as regiões do mundo. A igualdade é um valor da família”.

A All Out preparou ainda uma “Árvore da Igualdade”, uma escultura onde as pessoas poderão colocar as suas mensagens de apoio e respeito a gays, lésbicas, bissexuais e trans no Brasil. Por meio de uma campanha mundial, a All Out conectará os membros em todo o mundo e também no Brasil por meio do envio destas mensagens, que irão ser postadas nas folhas nesta árvore, fazendo-a florescer recados durante o mês dedicado às mães e ao combate contra a homofobia. Ao término da exposição a Árvore segue pra Brasília, diretamente para a presidente Dilma Rousseff.

Serviço:
Exposição fotográfica “Mães pela Igualdade”, ao ao livre, no Rio de Janeiro:
1a semana : 03/05 ao dia 08/05 : Praça XV (ao lado do Paço Imperial – Av. 1º de março, Centro)
2a semana : 09/05 ao 15/05 : Praça Antero de Quental, Leblon
3a semana : 16/05 a 22/05 : Praça Saens Peña, Tijuca
4a semana: 23 a 29/05 : Vigário Geral
Horário: Sempre de 10 às 18h - GRÁTIS

Fonte: Imprença

sábado, 14 de abril de 2012

Preconceito: Gabriela e João querem mudar o mundo com um vídeo


Em dois dias o vídeo “Think twice before you hate...” ("Pense duas vezes antes de odiar", em tradução livre), alcançou quase 4 milhões de visualizações no Youtube.

Mas os autores dizem que ainda não é suficiente para mudar o mundo. João Tomás Correia e Gabriela Ribeiro são dois amigos adolescentes e decidiram fazer um vídeo que mostrasse ao mundo a sua revolta em relação à homofobia, lesbofobia e bifobia.

Depois de partilharem a sua experiência pessoal, ambos deixam uma mensagem de esperança para gays, lésbicas e bissexuais. Ao longo de quase cinco minutos de vídeo apresentado em inglês e português pode ler-se: “Eles não nos respeitam, mas não nos conhecem” ou “Nós nos magoamos, choramos, ficamos com medo. Como tu”. “Todos os dias esperamos [… ] que as pessoas mudem”.

Um dia depois do vídeo ter sido publicado João Correia soube que foi alvo de deboche por ter assumido a sua bissexualidade no vídeo. Sua reação foi rir. E esse é um dos conselhos que ambos os protagonistas dão no vídeo contra o preconceito.

(Fonte: dezanove.pt)

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Nós também somos! :-)


O Diversidade Católica é a favor do Casamento Civil Igualitário para pessoas do mesmo sexo. Deus abençoe a campanha!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Porque "és precioso a meus olhos": tudo melhora


O projeto It Gets Better, de apoio a adolescentes e jovens vítimas da homofobia, continua gerando frutos e filhotes. Aqui na América Latina, surgiu, no mesmo espírito, o projeto Todo Mejora, para mostrar aos adolescentes e jovens LGBT que é possível atravessar essa tempestade, e que um futuro melhor os aguarda.

Foi para esse projeto que o jesuíta chileno Pedro Labrín gravou o vídeo acima. Não temos legendas em português, mas com um pouquinho de atenção deve dar para pegar bastante coisa do espanhol. Ele conta sobre a descoberta da sua "própria cegueira" em relação às pessoas que sentiam "suas vidas censuradas, castradas, porque não lhes prestávamos atenção nem sabíamos escutá-las, e simplesmente ignorávamos o que poderiam estar vivendo em suas angústias e tristezas, sem que tivessem ninguém que as escutasse".

Tendo se colocado "com decisão" ao lado desses jovens, estes puderam mostrar-lhe "como se pode sobrepor, como se pode redescobrir, como se pode consolidar uma identidade pessoal que se torna uma base para eles e para os demais, mesmo em meio das opressões, dos silêncios, das dificuldades, das confusões e, muitas vezes, dos maus-tratos".

"Meus amigos homossexuais enfrentaram, em algum momento, enormes dificuldades: ruptura com a família, ruptura com a Igreja, falta de sentido na vida - e talvez, até, tenham chegado a pensar em acabar com tudo. Porém, hoje em dia a vida deles melhorou porque conseguiram descobrir que Deus os ama incondicionalmente, e que Deus não cria nada de mau. (...) Se você vive esta situação, saiba que é chamado a vivê-la em plenitude. Se seu Criador te deu essa característica, (...) ela é amada por Deus; deve ser objeto do teu orgulho e é causa de toda a nossa admiração e solidariedade, porque você é muito precioso aos olhos do único que te pode dar a vida - e ele te deu a vida conforme a sua vontade, e como você pode vivê-la."

"São muitas as vozes que talvez estejam te dizendo, neste momento, para mudar. Escute a voz do teu coração. É lá que o Senhor, teu Deus (que pode receber nomes muito diferentes, dependendo de onde você vier), te diz: 'Não mude. Reconheça-se, aceite-se como Eu te criei. Assim, você poderá reconhecer e amar a todos, na diversidade com que os criei'."

"Este caminho de reconciliação não está livre de dificuldades, mas vale a pena empenhar-se em percorrê-lo. Sobretudo, vale a pena confiar que a escuridão logo será vencida pela luz da esperança. Porque tudo melhora. Tudo muda. De repente, o amor se instala nas nossas vidas e muda a perspectiva com que você via as coisas até então."

* * *

"E agora, eis o que diz o Senhor, aquele que te criou e te formou: Nada temas, pois eu te resgato, eu te chamo pelo nome, és meu. Porque és precioso a meus olhos, porque eu te aprecio e te amo, permuto reinos por ti, entrego nações em troca de ti. Fica tranqüilo, pois eu estou contigo."

- Isaías 43:1-5
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