Foto: David Boni
São palavras do grego. Fixemos: "mathéin": aprender e "pathéin": experimentar. É claro que há mais sentidos ocultos nessas palavras, mas fiquemos com estes. Entre mathéin e pathéin, há um caminho a ser percorrido. Aristóteles dizia que as pessoas iam aos cultos mais para experimentar (pathéin) que para aprender (mathéin) verdades. Cerca de 2.400 anos depois acontece o mesmo nos templos cristãos, muçulmanos e judeus.
A maioria dos crentes vai experimentar os mistérios. Poucos privilegiam a teologia, o catecismo, o aprendizado. Aprofundam-se no sentir e quase nunca no entender.
A maioria dos pregadores de hoje segue a linha do "pathéin". Conduzem o fiel para sentir, experimentar, orar em línguas, emocionar-se, pedir curas, abrir os braços, chorar, dançar. Pregam mais o sentir do que o entender, captar, aprender e raciocinar. Desminta-me quem puder. Ligue o rádio e a televisão e verá se a intenção é ensinar a refletir ou a emocionar-se.
Televisão, rádio, congressos e templos estão repletos de "pathéin". "Sinta e experimente Deus" está muito mais em voga do que "entenda e compreenda o que a mensagem dizia naqueles tempos e o que nos diz agora".
Na verdade, a ordem é "confie e beba e não faça perguntas". Uma boa religião precisa de mais do que isso! Perguntar também é coisa do céu!
- Pe. Zezinho, SCJ
Reproduzido via Mensageiro de Santo Antonio, julho/agosto de 2011. Tweet
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