quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Bichinhos e Bichinhas LGBT's


Não que haja alguma graça. Mas, me acabei de rir com o artigo a seguir sobre a homossexualidade animal.

Dei umas gargalhadas, primeiro, porque achei fofíssimo.
Segundo, porque fiquei pensando no Clero fundamentalista quebrando a cabeça.rs!

Fico imaginando aquele membro fundamentalista da Hierarquia da Igreja, proferindo um discurso tacanho aos pobres animais ou tentando invalidar a credibilidade da pesquisa. Imagine só Noé: "Você fica fora da Arca Animal devasso, sem vergonha". Ou o melhor, um discurso amoroso...."Nós os acolhemos, siga sua consciência e mantenha o celibato, afinal 'tudo lhe é permitido, mas nem tudo lhe convém' Sr. Pinguin (...)".

No Concílio Vaticano II, há uma resolução que diz, se não me engano, alguma coisa sobre a necessidade da Igreja andar em harmonia com a Ciência. Mas, parece que poucos ouvem esta “resolução”, digamos assim, de 1962 e a última palavra é da Tradição. Então, ainda é mais fácil usar o poder para manter as convicções próprias daquilo que convém ou não convém mudar, ou, ser pensando. Ou seja, “andaremos com a Ciência, até aqui, a medida que ela afirme o que já deduzimos”. Imagina alguém dizer que a Terra não é plana, afinal Josué pediu a Deus para fazer o Sol parar, ‘aí daqueles que contestarem!’!

Confiram a matéria da BBC:

Casais de aves do mesmo sexo podem ter relação estável, aponta estudo
Por BBC, BBC Brasil, 16/8/2011

Uma nova pesquisa aponta que pares de aves do mesmo sexo têm relacionamentos tão estáveis e duradouros como os casais de pássaros do sexo oposto.
Os cientistas da Universidade da Califórnia Berkeley e da Universidade Saint-Etienne, na França, analisaram o comportamento de mandarins (Taeniopygia guttata), aves canoras que cantam para seus parceiros, em um hábito apontado como algo que fortalece o relacionamento do casal.
Segundo os pesquisadores, pares formados por aves do mesmo sexo cantam e cuidam um dos outro da mesma forma que os casais formados por aves do sexo oposto.

A pesquisadora americana Julie Elie, que liderou o estudo, afirma que os resultados mostram que 'relacionamentos entre animais podem ser mais complexos do que apenas um macho e uma fêmea que se encontram e se reproduzem'.

Elie e os outros pesquisadores da equipe se interessaram pelo comportamento dos mandarins, pássaros que estabelecem relacionamentos que duram a vida toda e são muito sociais.
Os machos cantam para os parceiros, e os pássaros alisam as penas uns dos outros, além de dividir um ninho. 'Eu me interesso em como eles estabelecem os relacionamentos e como usam a comunicação acústica em suas interações sociais', disse Elie à BBC.

'Minhas observações me levaram a um resultado surpreendente: indivíduos do mesmo sexo também interagem de uma forma associativa, como pares de machos e fêmeas', afirmou.
O estudo foi publicado na revista especializada Behavioural Ecology and Sociobiology.

Observação

Julie Elie e seus colegas de pesquisa, Clementine Vignal e Nicolas Mathevon, da Universidade de Saint-Etienne, criaram jovens mandarins em grupos do mesmo sexo. Mais da metade dos pássaros formaram pares com outra ave.

A equipe então monitorou os pássaros para captar sinais de que os pares estavam totalmente ligados. Segundo Elie, pares de aves que formaram casais ficavam lado a lado e faziam ninhos juntos. Eles também se cumprimentavam tocando os bicos.

No estágio seguinte da pesquisa, os cientistas introduziram fêmeas nos grupos de pares de machos. De oito machos que já tinham formado casais do mesmo sexo, cinco ignoraram completamente as fêmeas e continuaram interagindo com o parceiro macho.
Segundo os pesquisadores, as descobertas indicam que, mesmo entre aves, o impulso para encontrar um parceiro é bem mais complicado do que simplesmente a necessidade de reprodução.

'O relacionamento de um par entre espécies socialmente monogâmicas representa uma parceria cooperativa que pode dar vantagens para a sobrevivência. Encontrar um parceiro social, não importa seu sexo, pode ser uma prioridade', diz a cientista.

Outros exemplos

Além dos mandarins, existem outros exemplos de casais do mesmo sexo entre aves.Entre gaivotas e albatrozes monogâmicos, este tipo de relacionamento dá às fêmeas a chance de criar filhotes sem um parceiro macho.
'Fêmeas copulam com machos, e então criam os filhotes juntas', afirma a pesquisadora Julie Elie.

Em cativeiro, ocorreram pelo menos dois casos de pinguins machos formando relacionamentos longos entre si quando existiam fêmeas disponíveis.

Talvez o caso mais famoso seja o de dois pinguins machos, Roy e Silo, do zoológico do Central Park, de Nova York. Eles formaram um casal e não deram atenção para nenhuma fêmea durante pelo menos um ano.Eles até construíram um ninho juntos e chocaram um ovo doado a eles por um dos tratadores.

Fonte:
MSN


Rodolfo Viana

2 comentários:

Cris Serra disse...

É... não é de hoje que têm vindo à tona estudos sobre o homoerotismo em outras espécies. Lembro de uma matéria de capa histórica da Superinteressante, se não me engano ainda na década de 90 (São Google, São Google, se você me ajudar a lembrar eu dou três pulinhos), discutindo o assunto e como durante décadas esse tipo de dado simplesmente foi ignorado nos estudos científicos - os biólogos viam, entendiam perfeitamente do que se tratava, mas, como não sabiam o que fazer com isso e pra fugir da polêmica, ignoravam.

Até que alguém achou que poderia ser um bom argumento contra quem clama que "homossexualidade não é natural", e pronto, já não deu mais pra segurar a informação embaixo do tapete.

Só discordo um pouco do comentário com relação ao clero (vc está falando do clero católico, né?). Fundamentalistas religiosos que defendem a "não-naturalidade" da homossexualidade existem por toda parte, e não me parece que esse argumento seja dos mais usados especificamente pelo magistério católico.

Geralmente o enfoque do magistério católico é mais sofisticado (e isso NÃO é um elogio), tratando mais da questão da "lei natural" e do homoerotismo como "intrinsecamente desordenado" - que são conceitos de teologia moral bem mais complexos do que esse argumento raso e bobo da "não naturalidade".

Com relação a isso, aliás, pessoalmente respeito muito o esforço que o magistério católico vem fazendo, desde o Vaticano II, para acompanhar a ciência. Logo mais vou postar uma entrevista que tem a ver com isso... acho que faz um contraponto legal.

Beijão

Cris

Rodolfo Viana disse...

Sim, Cris, lembro bem dessas edições
e as tenho guardadas.
Era a época que a Super interessante,
bem, era super interessante, veja:
http://lh6.ggpht.com/_FbFJg7A5Lf8/TQqO0FlLkzI/AAAAAAAACJk/tws4gm5M4BU/DSC02332.JPG


Fundamentalistas tem por toda parte.

E há sim um esforço da Igreja junto a ciencia.
Esforço lento e sufocado...mas, há...

Vc tem toda razão o argumento
é mais "sofisticado"...a historia da "lei natural", se me permite questioná-la,
por si só é infundada.

É aquilo, "concordamos com o que convém".

Mas, sabemos que há boas vozes
e discursos que quando ouvimos,
falamos "YEAH"!

Meu comentário irônico se refere a
esse povo que não arreda o pé do mundinho em que vive.
"Vamos mudar tudo, desde que não se altere nada."

aí aí aí...Bichinh@s desordenados...

rs!

Bjao!

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