Foto: Sarah
Jesus compara o Reino de Deus com um campo que contém um tesouro e com uma pérola preciosa. Elementos humanos que simbolizam coisas de grande valor e que nos movem a fazer grandes esforços para obtê-los e guardá-los. Encontrar um tesouro ou uma pérola preciosa nos remete àquelas coisas especiais que acontecem em nossas vidas e que guardamos como verdadeiras jóias.
E é desta forma que a experiência do encontro com Deus deve ser guardada em nosso coração. Nada pode ser mais valoroso que aquele momento íntimo em que sabemos que o Senhor está presente ou no qual sentimos a Sua mão a nos guiar ou, ainda, naqueles em que a certeza de Deus é tão forte que sua presença é quase que concreta. São momentos de graça e revelação, no qual a comunicação entre o Criador e sua criatura flui sem atropelos ou sem ruídos. Momentos em que se revela o imenso amor de Deus pela humanidade e que nos certificam disso de tal forma marcará nosso coração de forma indelével e eterna.
Momentos assim, de total consolação e certeza de fé, são semelhantes ao momento do encontro da jóia preciosa: momento eterno e que qualquer esforço será pouco para voltar a sentir o que se sentiu. Momento que deve ser guardado em nosso coração para que seja transmitido ao outro na medida exata de sua especialidade, com a convicção profunda de que é um tesouro que não é meu, mas está disponível para todos, pois a todos o Pai se quer dar. Momento que se pode guardar como conquista e por isso merece ser celebrado constantemente.
E é este convite à celebração que Jesus nos faz. A pérola e o tesouro devem ser repartidos com todos. O efeito transformador da experiência de encontro com Deus não pode ficar guardado como uma experiência íntima, mas deve estar refletida em nossos atos, em uma transformação de vida própria daqueles que se deixam tocar pela mão do oleiro que faz novos todos os vasos.
Celebremos, pois, nossos encontros com Deus: pequenos e grandes, mais ou menos intensos, mas que marcam nossa vida definitiva e eternamente. São momentos de pura graça dos quais devemos nos orgulhar e, agradecidos, levar adiante a experiência para que dela também possam usufruir outros companheiros.
Texto para reflexão:
Mt 13, 44-52
- Gilda Carvalho
Reproduzido via Amai-vos Tweet
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