Por isso, em diversas passagens O veremos apoiando ações aparentemente contrárias às práticas dos judeus. Seus discípulos colherão espigas em dia de sábado e não lavaram as mãos antes de comer. Toda essa nova postura será considerada por muitos como uma afronta às leis. Jesus, porém, irá demonstrar que a lei maior é a lei do amor e por isso dirá que o maior mandamento será amar uns aos outros e que deste, todos os demais decorrerão.
As Suas palavras “o povo me honra com os lábios, mas tem o coração longe de mim” (Mc 7, 6) refletirão a necessidade de trazer no coração aquilo que é dito pela boca, ou seja, ter uma prática coerente com a palavra que prega, viver em testemunho constante daquilo que se acredita. Este é o Seu ensinamento que ainda hoje nos deve fazer pensar sobre nossa própria coerência de vida. Estamos vivendo um cristianismo testemunhal ou apenas pregamos palavras bonitas? Somos realmente agentes de transformação da sociedade ou vivemos uma fé morna, apenas justificada pela presença nas missas de domingo? Fazemos dos ritos uma real liturgia ou apenas estamos presentes para nos fazer vistos pelos demais?
Aproximar o coração de Cristo significa viver em plenitude os seus ensinamentos e tentar fazer de nossa vida um constante testemunho de nossa fé. Ainda que isso nos leve a ser repreendidos pelos demais, como Jesus e seus discípulos o foram, ainda que nos leve ao julgamento alheiro, ainda que nos aproxime da cruz. Porque é da aproximação com Jesus em seu sofrimento, que nos aproximaremos também de sua glória.
Texto para reflexão: Mc 7, 1-23
Autor: Gilda Carvalho
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