domingo, 27 de maio de 2012

Os gays também são vadias


"Olhando as belas de todas as idades se colocando contra o pior do sexismo, aquele que quer colocar limites e um lugar para mulher,  é impossível não pensar que se tem uma luta que se assemelha ao dos homossexuais e transgêneros é a da mulher.

A condenação da promiscuidade dos gays se assemelha ao caso das mulheres e não ao dos homens héteros que 'quanto mais rodados melhor'. A questão moral e asséptica em relação ao sexo é um fardo para a vida tanto das mulheres quanto dos gays que desejam ter liberdade, sexual inclusive. (...)


Este fato de internalizar o discurso do oponente ocorre com muita frequência com os gays como também entre as mulheres, principalmente com aquelas tristes mulheres que odeiam, não tem amizade e criticam as outras mulheres. As que não vadeiam.

Vendo as faixas da manifestação em São Paulo foi que vi como  as mulheres e gays estavam na mesma esfera de opressão. Basta trocarem algumas palavras que o sentido é o mesmo. A única que não podemos trocar é que somos todas vadias, com muito orgulho."

- Vitor Angelo, no Blogay (leia na íntegra aqui)



"Já atravessamos uma revolução sexual. Podemos fazer sexo de forma mais livre e com menos culpa que antes. Mas expressar nossos sentimentos é algo longe de acontecer livremente. (...) Chegou a hora de [os homens] passarmos por uma transformação afetiva, começar a entender que tem direito ao afeto, às emoções, a sentir. Passar a ser homem e não macho. Em outras palavras, o homem hetero precisa fazer sua revolução masculina.

Com isso, talvez entendessemos melhor o outro. Hoje, bater em 'vadia' e 'bicha' pode. Assim como em índio e 'mendigo'. E, na maioria das vezes, a culpa recai sobre a própria vítima. Afinal de contas, quem são eles para não se encaixarem? Quem são eles para acharem que podem ser melhores do eu, sendo diferentes do que aprendemos como o 'certo'? Bem-feito. Vestida assim, ela estava pedindo."

- Leonardo Sakamoto, em seu blog (leia na íntegra aqui)

Leia também:
10 vadias "históricas" do Brasil, por Xico Sá (aqui)

2 comentários:

Jônatas disse...

Inversão de valores: a vítima que "provocou". É assim que se muitos justificam uma suposta liberdade de expressão.

Equipe Diversidade Católica disse...

Essa é a lógica perversa da violência e do abuso, não é? Culpabilizar a vítima.

A solução é leis mais severas e, sobretudo, educação, educação e mais educação.

Beijos, Jônatas!

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