Foto via don't touch
A cruz de Jesus Cristo é o símbolo máximo do Cristianismo. Muitas vezes a associamos ao sofrimento e a dor e nos parece difícil pensar nela como instrumento de vitória e superação. Jesus Cristo não tinha que morrer na cruz para nos salvar, não era a morte a sua maior missão, mas o doar a vida pela remissão humana. A cruz aparece em sua vida apenas por coerência com a missão que assumiu.
Na época de Jesus, pessoas que denunciavam as injustiças eram consideradas conspiradores contra a ordem estabelecida e a pena aplicada a este "crime" era a morte e, em alguns casos julgados mais graves, a morte por crucifixão.
Jesus faz da sua vida pública um constante denunciar o que havia de errado e um contínuo anúncio de um novo estado possível de coisas, onde o amor fosse a essência e a justiça a norteadora das relações entre as pessoas. Por isso, não foi entendido pelos seus pares, sobretudo aqueles que se sentiam agredidos por suas palavras. Por isso, foi levado à morte. Por isso, encontrou-Se com a cruz.
O sofrimento de Jesus nos impulsiona a ir além. Ele, homem como nós, mostrou que é possível transformar e que a vida sempre vence apesar do ódio, do mal e do não querer. Sobretudo mostrou-nos que a cruz não é o fim. Portanto, crer em Jesus Cristo é crer em alguém que vence o sofrimento, é encher-se de esperança. Crer em Jesus Cristo é saber que as cruzes estarão em nossos caminhos como conseqüência de uma vida coerente com o chamado de Deus Pai. Crer em Jesus Cristo é acreditar que existe um Deus que nos promete a vida e não a morte.
Nesta Festa da Exaltação da Santa Cruz, celebrada a 14 de setembro, possamos olhar para as cruzes que encontramos não com medo, com pena ou com dor, mas com vigor, com esperança e com a certeza de que é no enfrentamento da cruz que nos fortalecemos em Deus, a quem iremos encontrar em todos os momentos em que a vida se celebra através de nós.
Texto para reflexão:
Jo 3, 13-17
- Gilda Carvalho
Reproduzido via Amai-vos
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