segunda-feira, 21 de maio de 2012

OPAS/OMS condena tratamentos para ‘curar’ homossexualidade


Serviços que se propõem a “curar” homossexuais carecem de justificativa médica e representam uma grave ameaça à saúde e ao bem-estar das pessoas afetadas, afirma a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) em comunicado divulgado no último dia 17/05, Dia Internacional contra a Homofobia.

“A homossexualidade não é um transtorno nem requer cura. Em consequência, não existe indicação médica para a mudança de orientação sexual”, observou a Diretora da OPAS/OMS, Mirta Roses Periago.

O comunicado destaca que há consenso profissional de que homossexualidade é uma variação natural da sexualidade humana e não pode ser considerado como condição patológica. Contudo, vários órgãos das Nações Unidas constataram a existência de “clínicas” e “terapeutas” que promovem tratamentos que pretendem mudar a orientação sexual de não heterossexuais. Não há estudos científicos que demonstrem eficiência de esforços nesse sentido.

Entretanto, há muitos testemunhos sobre graves danos à saúde mental e física que tais serviços podem causar. A repressão da orientação sexual vem sendo associada a sentimentos de culpa, vergonha, depressão, ansiedade e até mesmo suicídio. Como agravante, há um crescente número de relatos de tratamentos degradantes e de violência física e sexual como parte da “terapia”, geralmente oferecida ilegalmente.

O documento faz um apelo para que governos, instituições acadêmicas, associações profissionais e imprensa exponham essas práticas e promovam o respeito à diversidade. “As práticas devem ser denunciadas e sujeitas a sanções dentro da legislação nacional”, observou Roses.

Para enfrentar socialmente este problema, a OPAS/OMS apresenta uma série de recomendações que podem ser acessadas no posicionamento técnico, aqui (em espanhol).

(Fonte: ONU)

4 comentários:

Jônatas disse...

É de extrema importância que uma organização isenta como a OMS emita um comunicado como este em "resposta", inclusive, a uma tentativa "religiosa" de se dar o caráter de doença ao que não é. Obrigado por dividirem isso com os leitores. Um abraço!

Equipe Diversidade Católica disse...

Já recebemos aqui comentários com links para textos que defendem estudos supostamente "científicos" que procuram validar esse tipo de pseudo-"tratamento". É um dos poucos casos em que apagamos comentários, algo que evitamos ao máximo fazer. É o limite da liberdade de expressão AQUI: não vamos permitir que este espaço seja usado para propagar abusos como esse, sob nenhum pretexto.

E, sim, acreditamos que é fundamental o aval de organizações como a OMS. Aliás, a atuação da ONU no combate à homofobia vem se intensificando e está se tornando exemplar.

Beijo grande, querido!

Jônatas disse...

Eu imagino. Você cuidam desse espaço com muito carinho. Sempre vai surgir alguém para tentar estragar, mas o que importa é ver esta iniciativa fundamental para a afirmação inegável da diversidade da Igreja Romana. Um abraço!

Equipe Diversidade Católica disse...

As pessoas defendem com unhas e dentes aquilo que é sagrado para elas. O problema é quando o meu sagrado implica em transformar o outro em bode expiatório para que eu me salve. :-P

Beijo carinhoso. ;-)

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