Foto: i can read
Percebemos que a ideia de conciliar nossas identidades de gays e católicos muitas vezes causa um certo estranhamento ou mesmo desconforto em algumas pessoas - e, nesse caso, não só os "fundamentalistas", mas também em muitos gays não-religiosos. Em vista disso, iniciamos há algumas semanas uma série de depoimentos aqui no blog, que serão publicados sempre às quintas-feiras, às 15h, de algumas das pessoas que frequentam as reuniões e atividades do Diversidade Católica e que se dispuseram a compartilhar, com os leitores do blog, um pouco de suas histórias e suas vivências como gays e católicos que são.
A série pode ser acessada através da tag "gay e cristão".
A cada um deles, sempre, nosso muito obrigado. :-)
Meus Queridos,
Tenho um grande amigo que adora fórmula 1, acorda de madrugada, assiste a todas as provas, entende de tudo, mas... nunca aprendeu a dirigir. Não sei porque pensei imediatamente nele quando li o depoimento de um gay ortodoxo. Fui muito tempo um gay não praticante, tanto quanto fui um católico não praticante. De certa forma o "não praticar", seja lá o que fosse, me foi sempre um lugar muito seguro. Também já fui um "super praticante", tanto como gay quanto como católico, e da mesma forma que a "não prática", o "excesso" era também uma forma de defesa, uma forma de não fazer contato com minha inteireza. Hoje acredito cada vez mais que é pelo outro que sou nutrido, que é através do outro que Deus se manifesta a mim. Assim não praticar, seja ser gay ou ser católico, é impossibilitar o encontro com Deus, é cortar Sua palavra, é fechar os olhos ao Seu amor divino. Hoje pela graça de Deus sou praticante, tanto como gay, quanto como católico, e me sinto extremamente confortável com isto, pois sou eu inteiro, teoria e prática.
Paz e Bem
R., Rio de Janeiro
Este depoimento foi publicado originalmente no site do Diversidade Católica, aqui. Tweet
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