segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Sem exceções


Reproduzimos aqui, com orgulho e alegria, esta bela reflexão dos nossos amigos do Movimento Episcopaz. Como costumamos dizer em nossas reuniões, "sejamos, uns para os outros, a Igreja que queremos ver no mundo"! :-)

No dia que passarmos a usar o expediente fundamentalista, que fala de amor através de conjunções adversativas (mas, porém, contudo, etc), então, deixaremos de lado o Evangelho e teremos preferido abraçar as leis (de toda ordem) e as convenções humanas (cultura, moral, costume, tradição, etc) como base de nossa fé. A palavra “base” aqui é proposital, tem a ver com o sentido e a essência do que nos põe de pé.

Algumas pessoas, ao falar sobre o amor de Deus, asseguram que Ele é também “justiça e fogo consumidor”. Esquecem (na melhor das hipóteses; algumas vezes é por espírito faccioso ou por maldade mesmo) que a “justiça” de Deus não tem como parâmetro a nossa justiça nem aquilo que nós, homens, entendemos ou consideramos “justo”. Nossa justiça, definitivamente, não é a de Deus.

A nossa justiça considera a “parábola dos trabalhadores na vinha” (ou a parábola dos trabalhadores da última hora) uma provocação, um acinte, um caso extravagante de injustiça da parte de Deus. Afinal, ele “nivela” todos, quer tenham trabalho, tenham sido bonzinhos, tenham se esforçado, enfim, com os demais que chegaram no final do dia. A recompensa foi a mesma!

Dito de outra forma, a nossa justiça consideraria tal parábola um caso de “B.O.” na delegacia celestial, impondo a Jesus uma pena duríssima por ter ousado ser tão “imoral”, “leviano” e “injusto”!

Aliás, os “da religião”, impuseram uma dura pena a Jesus: levaram-no à morte e, pasmem, acreditavam estar dando glórias a Deus!

É diferente em nossos dias? Podemos provar que não. Já fomos alvos de muitos ataques dos “da religião”, incapazes de compreender o absurdo da Graça de Deus. Muitos poderão testemunhar com suas próprias experiências.

Eis por que parabenizamos as paróquias acima por terem ousado incluir em seus respectivos ministérios não apenas pastorais mas um “ethos” que inclui, sem exceções.

Parabenizamos muitas outras que tomaram a mesma medida durante o mês de junho, reconhecido pelas lutas em prol da dignidade dos cidadãos LGBTs, como a Catedral Nacional de Washington, a Saint Elizabeth Episcopal Church (Glencoe, Illinois), a Church of the Ascension (diocese episcopal anglicana de Nova York), a sede da Diocese Episcopal da Califórnia (em São Francisco), entre outras.

A própsito, se tivéssemos imagens de paróquias anglicanas pelo Brasil com cenas semelhantemente ousadas, pelo bem do Evangelho e em prol da dignidade de todas as pessoas, teríamos colocado. Que fique como inspiração para o próximo ano no mês de junho!

Em anexo a legenda e o link de uma bela pastoral escrita pelo Rev. Peter Faass, reitor na Christ Church (Shaker Heights, Ohio).


R. P.
EPISCOPAZ
Anglicanos pró-diversidade & pela paz
Fonte


NOTAS:
(1) LEGENDA:
1 – Christ Church, de Shaker Heights, paróquia episcopal anglicana em Ohio (EUA).
2- Saint Christopher Anglican Church, paróquia da Diocese Anglicana de Niagara (Canadá).
3 – Cartaz da Diocese Anglicana de New Westminster (Canadá) convidando todos os anglicanos a participarem da parada pela diversidade.
4 – Saint Paul Episcopal Church, paróquia espicopal anglicana em Oakland (EUA).

(2) Pastoral escrita pelo Rev. Peter Faass:
http://www.cometochristchurch.org/Sermons-Musings/Musings/Musings-Rainbow-Flag-6-4-10.php

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