Reproduzido do blog Cafeína:
Cena final de An Englishman in New York (2009), em que John Hurt interpreta Quentin Crisp [1908-1999], escritor inglês que desafiou definições de gênero e o patrulhamento ideológico. Claro, pagou caro por isso, cometeu erros e algumas gafes precipitadas. Mas soube dar seu adeus com sábias palavras.
"A persistência é a sua maior arma. É da própria natureza das barreiras que acabem caindo um dia. Não se empenhem em tornar-se iguais aos seus opositores. Vocês carregam o fardo e a grande alegria de estarem à margem. Cada dia que vocês vivem é uma espécie de triunfo: agarrem-se a isso. Não façam esforço para integrar-se à sociedade. Fiquem exatamente onde estão. Dêem seus nomes e número de série e esperem que a sociedade venha formar-se à sua volta - porque ela sem dúvida virá. Não olhem nem para a frente, onde vivem as dúvidas, nem para trás, onde vive o arrependimento. Olhem para dentro, e perguntem-se não se há algo lá fora que vocês desejam, mas se há algo aí dentro que vocês ainda não trouxeram à tona."
- Quentin Crisp
Tweet
Crisp foi uma figura controvertida, independente e imprevisível. Visitado por Sting em 1986, contou-lhe como tinha sido para ele, sendo homossexual, viver na homofóbica Inglaterra entre 1920 e 1960. Sting, impressionado, dedicou-lhe a música An Englishman in New York ("Um Inglês em Nova York"), que inclui os versos:
It takes a man to suffer ignorance and smile,
Be yourself no matter what they say.*
* * *
Um final de semana abençoado para todos. :-)
*"É preciso ser muito homem para ser vítima da ignorância e ainda sorrir / Seja você mesmo, não importa o que digam."
*"É preciso ser muito homem para ser vítima da ignorância e ainda sorrir / Seja você mesmo, não importa o que digam."
Nenhum comentário:
Postar um comentário