A correria para as celebrações de Natal é ritual, religiosa, cultural e doméstica. Ano após ano nós a repetimos e sua familiaridade é de sua própria essência. Mas isso é uma fachada para um nível mais profundo de significado em nossa relação com Aquele que faz a sua aparição em um trans-histórico "'hoje", a cada dia, a cada respiração. Ele é tão estranho quanto é familiar. Ele é como uma declaração plenamente expressa, bem escolhida, ou como um pensamento que não é dito casualmente ou inconscientemente, mas é bem avaliado, articulado e acurado - uma exata e poderosa palavra que vem do silêncio verdadeiro e traz a realidade daquele silêncio com ele.
"Mesmo quando se manifesta, ele ainda é um estranho" (S. Máximo, o confessor) e "da maneira que ele é entendido, ele permanece misterioso" (Dionísio, o areopagita). Sua vinda valeu à pena esperar, porque não é apenas um dom exterior. Ele também implode o despertar de nossa verdadeira natureza, tornando- nos conscientes do dom de nosso próprio ser. Sua familiaridade é ser inteiramente humano. Seu ser sempre estranho se deve à sua divindade indescritível. Quando é reconhecido, e quando se abre totalmente a parcela da alma, tudo é transformado porque vemos tudo como realmente é.
Com amor,
Laurence Freeman OSB
Mensagem do autor para a quarta semana deste Advento (veja trecho da mensagem para a primeira semana aqui para a segunda semana, aqui; e, para a terceira semana, aqui). Grifos nossos.
Para saber mais, visite o site da Comunidade Mundial de Meditação Cristã no Brasil. Tweet
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