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Na noite santa do Natal, uns pastores se dirigiram ao estábulo para levar ao Menino Jesus, que repousava na manjedoura, seus presentes: lã de ovelha, pão e manteiga.
O filhinho de um pastor, menino de coração bondoso, também quis presentear o pequeno Rei, mas como era pobre, não podia comprar-lhe um presente. Na sua singeleza pensou que talvez a criancinha estivesse com sede. Correu para casa, pegou a tigelinha com a qual tomava o seu leite todas as manhãs e a encheu de leite e mel.
Ao ver os pastores, que já estavam bem distantes, começou a correr para alcançá-los. Nesta corrida, derramou o leite sem querer, de tal modo que ao chegar ao estábulo, só tinha apenas um resto na tigela. O menino, antes de se aproximar do presépio, olhou para trás e viu, com grande tristeza, o leite derramado. Com isto, não percebeu que havia uma grande pedra no caminho e caiu. Com a queda, sua tigela tão querida e preciosa, quebrou-se em pedaços.
São José, ouvindo o barulho, foi ao encontro do pastorzinho que, sentado no chão, chorava segurando os cacos. Tomou o menino pela mão e o conduziu à manjedoura, onde os pastores já haviam feito a entrega de seus presentes. Logo, todos o cercaram para consolá-lo e lhe diziam:
- O Menino Jesus é muito pequeno! Ele não pode tomar leite da tua tigela! Não chores!
Maria, sentada ao lado da manjedoura, chamou-o com voz suave:
- Vem cá, menino!...
O pastorzinho enxugou suas lágrimas e se aproximou da Mãe de Jesus, estendendo suas mãozinhas com os cacos...
Maria, com muito amor segurou as pequenas mãos cheias de cacos pontiagudos e disse:
- Agora, entrega teu presente ao Menino Jesus!
O pastorzinho, assustado, abriu suas mãozinhas... Oh! Que milagre! Em vez dos cacos da tigelinha, ele segurava uma linda flor, toda perfumada. O Menino Jesus sorriu e aceitou a flor, estreitando-a em seu coração.
Na volta, os pastores encontraram, por todo o caminho, onde havia o leite derramado, estas mesmas belas flores e as chamaram de Flores de Cristo.
Uma pergunta: qual é o seu presente para o Natal de Jesus?
- Pe. J. Ramón F. de la Cigoña
Lenda anônima reproduzida a partir do blog do autor, Terra Boa Tweet
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