sábado, 30 de março de 2013

Feliz Passagem!



Olá a todos,
Queremos compartilhar com vocês, amigos do grupo Diversidade Católica, a preciosidade que foi a nossa Missa da Ceia do Senhor e do Lava-pés. Todos sentimo-nos intimamente ligados àquela ceia em que o Cristo procedeu este ato de tamanha humildade.
Ver essa cena reproduzida pelo padre, ajoelhado, lavando nossos pés, foi muito emocionante. E a mensagem que ele passou-nos através da leitura do êxodo foi esta:
Assim como Deus passou através do Egito ferindo aquele povo opressor e libertando Israel, assim devemos pedir a Deus que passe no nosso meio, para libertar-nos do preconceito e da homofobia de um povo que nos oprime.
Acrescentamos: Assim como o sangue do cordeiro marcou a porta dos israelenses, devemos nós marcar nossa "porta", nossa personalidade com esse sangue de Cristo, para que o mundo veja que não é Dele que vem o preconceito, pois nós também somos filhos.

Essa reflexão está nos acompanhando nesses dias de páscoa. Gostaríamos de desejar a todos vocês da nossa "Paróquia" do grupo Diversidade, uma linda Páscoa, uma deliciosa e chocolática Passagem!

Beijão a todos!

Feliz Páscoa!



A história da Páscoa é uma história de triunfo contra a adversidade, de superação do ódio e do escárnio. Portanto, ela é preciosa para a população LGBT religiosa ou não. A recente decisão do Padre Edward Salmon diretor do colégio jesuíta de Rochester, Nova Iorque de permitir um casal gay de participar da cerimônia de formatura sinaliza uma possibilidade de renovação da Igreja Católica Apostólica Romana, especialmente porque o padre justificou sua decisão baseado no chamado à luz do Papa Francisco.
Padre Edward Salmon, diretor do colégio jesuíta McQuaid de Rochester se deparou com um dilema: dois adolescentes gays assumidos pediram permissão para participar da formatura do ensino fundamental como um casal e lançaram uma petição na Internet pedindo apoio. A petição aparentemente atraiu muita atenção e gerou muita discussão.
Logo depois da petição entrar na Internet, Padre Salmon enviou uma longa carta aos pais dos adolescentes dizendo, “Se nossos irmãos que pediram para comparecer ao Baile de Formatura do Ensino Fundamental querem faze-lo, são bem-vindos”.
Padre Salom justificou sua decisão se referindo ao Papa Francisco. Sua carta apropriada para a Páscoa tem mensagens de esperança, luz, amor, carinho e renovação.
Ele escreveu, “Nosso novo Santo Padre, Papa Francisco, em sua primeira homilia, emitiu palavras encorajadoras: ‘Hoje em meio a tanta escuridão precisamos ver a luz da esperança e sermos homens e mulheres que trazem esperança para todos. Proteger a criação e proteger todos os homens e mulheres, cuidar de todos com carinho e amor, é abrir um horizonte de esperança, é deixar entrar um raio de luz penetrar nuvens negras.”.
Padre Salmon continuou, “A escuridão e as nuvens negras apareceram aqui recentemente por falta de informação, medo, falta de compreensão e até mesmo ódio. Tudo porque dois dos nossos irmãos pediram para ir ao Baile de Formatura juntos. Em meio a tudo isso, junto ao Papa Francisco, eu convido e encorajo todos nós da família McQuaid a sermos homens e mulheres que trazem esperança uns para os outros. Eu convido e encorajo todos nós da família McQuaid a sermos homens e mulheres que cuidam uns dos outros com carinho e amor. Eu convido e encorajo todos nós da família McQuaid a abrir um horizonte de esperança, a deixar um raio de luz penetrar as nuvens negras.”.
Padre Salmon também citou a carta pastoral da Conferência dos Bispos dos Estados Unidos de 1997 dirigidos aos pais de gays e lésbicas americanos, intitulada “Nossos filhos para sempre”, um documento que tem sido ignorado pela hierarquia da Igreja Católica desde o aumento da oposição ao casamento gay e aos direitos humanos da população LGBT.
“Eu e a Conferência dos Bispos dos Estados Unidos [...] convocamos todos os Cristãos e cidadãos de boa vontade a enfrentar sua própria homofobia e combater as piadas e a discriminação que ofendem os homossexuais. Entendemos que ter uma orientação homossexual já traz ansiedade, dor e questões de autoestima, a sociedade não pode discriminar.”
Ele acrescentou, “os bispos foram claros – ‘Nada na Bíblia ou na Doutrina pode ser usado para justificar o preconceito ou a discriminação’ [...] A Doutrina deixa claro que os direitos humanos fundamentais dos homossexuais devem ser defendidos e que todos nós devemos lutar para eliminar todas as formas de injustiça, opressão ou violência contra eles.”.
Ele esclarece que ao permitir que o casal gay participe da Festa de Formatura, ele não está “contradizendo a Doutrina da Igreja Católica Romana com relação à sexualidade humana; Eu não estou encorajando nem condenando a atividade homossexual da mesma forma que eu também não estou encorajando nem condenando a atividade heterossexual no baile.”.
Ele conclui, “Nós não devemos ter medo da bondade e do carinho.”.
Apesar da admirável carta do Padre Salmon não representar uma revisão da Doutrina Católica, o tom é completamente diferente do que é comumente utilizado pela hierarquia da Igreja.
Esperamos que o novo Papa continue inspirando uma renovação da missão da Igreja Católica de promover a compaixão e a justiça.


Claude J. Summers

Tradução e adaptação: Hugo Nogueira

Foto: Padre Edward Salmon



Fonte

sexta-feira, 29 de março de 2013

Bergoglio: Derecho a la conversión



Sobre Bergoglio e a ditadura militar na Argentina, há um belo testemunho de um jesuíta que foi preso e torturado:

Bergoglio: Derecho a la conversión

José L. Caravias, S.J.

Estoy impresionado por la tozudez con que se insiste en refregar supuestas deficiencias ya lejanas del recién nombrado Papa Francisco. Jorge Bergoglio, como todo ser humano, tiene una historia personal, llena de aciertos, problemas, errores y dubitaciones. Tiene su carácter, su temperamento y la carga de su pasado. Pero como todos los mortales tiene el derecho de poder corregir rumbos y curar las heridas de sus batallas.

Me encontré con él, repetidas veces, durante 1975. Fue mi superior provincial. Me escuchó y atendió siempre con cariño. Pero yo era un problema para él.
En mayo del 72, en Asunción del Paraguay, fui secuestrado por un comando policial y tirado sin papeles en la frontera argentina. La dictadura de Stroessner no escatimó calumnias con las que ensuciar mi compromiso con las Ligas Agrarias Cristianas, de las que era su asesor nacional.

Me quedé dos años al fondo del Chaco argentino, donde logré formar un sindicato de hacheros, cruelmente explotados por los obrajeros de la zona, que extraían madera de quebracho para la industria del tanino. El sindicato fue aprobado y funcionó, pero los obrajeros no me lo perdonaron… Las trampas mortales que nos tendieron fueron tan graves, que tuve que decidir marcharme a Buenos Aires. Allá empecé a incursionar en las Villas Miseria atendiendo a los paraguayos.

En medio de tremendas tensiones, a los pocos meses Bergoglio me comunicó que había conocido que la Triple A (Alianza Anticomunista Argentina) había decretado mi muerte, junto con otros, y que lo mejor sería que me fuera una temporada a España.
En esos días, en una visita de despedida a Resistencia, capital del Chaco, fui arrestado y pasé una noche terrorífica en un calabozo inmundo. Es terrible el golpe del cerrojo del calabozo y la incertidumbre de que no sabes si vas a amanecer… A media noche me hicieron un simulacro de fusilamiento.

Dos amigos sacerdotes habían sido asesinados en los meses anteriores: Mujica en las villas, y Mauricio Silva, sacerdote barrendero, con quien había compartido hermosas charlas y eucaristías. Una vez más sentía el cuchillo de las dictaduras en mi garganta. Pensé que ya estaba bien de hacerme el valiente, y decidí aceptar la invitación de Bergoglio de salir de aquella tan convulsionada Argentina. Más tarde me contaron cómo la policía hizo “operaciones rastrillo” borrando mis huellas en el Chaco. Pero lo que más me dolió fue que apresaron a amigos con muy crueles torturas buscando información sobre mí.

¿Qué pensaba Bergoglio de todo esto? Me animó a huir. Creo que se sintió aliviado cuando me marché. Seguramente no estaba del todo de acuerdo con mi accionar organizativo entre el pueblo. Quizás tantos informes policiales le hicieron dudar, pero conmigo fue noble y me ayudó a escapar de una muerte cierta. Y por ello le estaré siempre agradecido.

Algunos le acusan de que no fue suficientemente valiente en denunciar aquellas situaciones. Esto me desasosiega. Había que haber vivido aquellas terribles tensiones para poder hoy recriminar… Torturaban y mataban a la menor denuncia en contra.
Posiblemente Jorge Bergoglio, ser humano, cometió errores. A veces fue desacertado. Se dejó llevar por miedos y prejuicios. Pero eso lo hicimos todos. Los gases venenosos de las dictaduras nos enloquecieron a todos. No nos hinchen por haber respirado esos gases. Ahí vivíamos, y respirábamos como podíamos…

Lo importante es cómo curamos nuestros pulmones de aquellas heridas. Ciertamente para Jorge Bergoglio, como para muchos de nosotros, ha supuesto mucho esfuerzo de sanación. No es fácil olvidar y perdonar aquellos horrores. Pero para él, para mí, y para tantos otros, como Francisco Jalics por ejemplo, la fe en Jesús ha sido definitiva. Los que sufrimos aquello, y hoy día respiramos tranquilos, reconocemos que la fuerza del Resucitado nos he hecho renacer con nuevos bríos.

Todos cambiamos con el tiempo. Maduramos. Jorge también. Sus actitudes no son las mismas de hace casi cuarenta años. Lo demuestran sus últimos años en Buenos Aires. Está más cerca del pueblo, tiene ideas más claras y denuncias más contundentes. Y sobre sus hombros ha caído ahora una carga mucho más pesada. ¿Por qué empeñarse en refregarle sus posibles errores del pasado? ¿No sería mucho más sensato apoyarlo en su austeridad y su servicio a los pobres?

La extrema derecha ya empieza a denunciarlo como traidor, antipapa… Y quizás el alto capitalismo mundial esté orquestando las calumnias para desprestigiarlo, pues un Papa austero comprometido por los pobres es para ellos peligroso…

Algunos lamentan que el Papa no sea un gran revolucionario. Eso no es posible. Pero si consigue, como ha afirmado, que la Iglesia sea pobre al servicio de los pobres habrá dado pasos históricos significativos.

Una muestra de cambio. Hace unos diez meses en la Facultad de Teología de Buenos Aires reivindicó la memoria del sacerdote Rafael Tello, uno de los iniciadores de la Teología de la Liberación, que fue condenado y apartado por la Jerarquía de entonces. Dice Bergoglio: “La historia tiene sus ironías… Vengo a presentar un libro sobre el pensamiento de un hombre que fue separado de esta Facultad. Cosas de la historia. Esas reparaciones que Dios hace: que la jerarquía que en su momento creyó conveniente separarlo, hoy diga que su pensamiento es válido. Más aun, fue fundamento del trabajo evangelizador en Argentina. Quiero dar gracias a Dios por eso.” Vale la pena escuchar completo su discurso, de casi una hora.

Apoyémoslo. Animémoslo. Él ha pedido la bendición del pueblo. Ayudémoslo a ser consecuente son su fe en Cristo, impulsado por San Ignacio e iluminado por San Francisco.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...