Do nosso amigo Murilo Araújo:
"Assisti esse vídeo inteiro chorando, sentindo muito a tristeza de ver, mais uma vez, que tantas pessoas ainda precisam esconder quem elas são. Fico revisitando um pouco a minha própria trajetória: comecei a pensar na minha sexualidade no dia em que um amigo, muito querido, me perguntou quais eram os meus medos (e eu não tenho certeza se ele sabia do que estava falando). Pensando muito, me dei conta de que os meus medos eram a minha família, os meus amigos, minha Igreja... um pouco do que essas pessoas dividem nesses depoimentos. E isso carrega um sofrimento muito grande, porque esses são exatamente os lugares de onde a gente mais espera amor, acolhida e segurança. Quando a nossa sexualidade surge como um elemento pra gente, a sensação é de estar sozinho, sem chão, e isso dói. Quando alguém diz que nem todo mundo precisa sair do armário, é porque nunca esteve dentro de um, não sabe a violência que ele representa.
No final, a gente fica com vontade de abraçar cada um desses meninos (principalmente o Luiz), pra dizer 'calma, vai ficar tudo bem, a gente tá aqui', e fazer alguma coisa pra isso tudo acabar. Tem que acabar. Pouco adianta eu estar bem aqui hoje, sem o meu armário, se tanta gente aí pelo mundo ainda tem que enfrentar isso." Tweet