Um dia, uma senhora aflita veio falar comigo... Sou mãe de um gay... Nunca percebi, até que ele falou comigo: Mãe sou gay!... Foi um choque... Abracei meu filho e chorei! Foi assim que ela começou...
Há pessoas que não parecem ser gays e o são e outras que parecem ser, mas não o são. Evidentemente há aqueles que parecem e também o são. O filho desta senhora universitária e católica praticante tinha essa orientação homo-afetiva e ninguém percebia...
- Mãe, nem senhora nem o pai tem culpa alguma... Deus me fez assim!
- Mãe, nem senhora nem o pai tem culpa alguma... Deus me fez assim!
O moço sabia que a doutrina mais popularizada da Bíblia e da Igreja é contra a prática dos atos homossexuais e por isso, a primeira coisa que ele fez foi deixar de lado os tais ensinamentos e se enveredar por tradições religiosas que nada tinham a ver com ele nem com a sua história...
E o tempo passou. Mas, um dia:
E o tempo passou. Mas, um dia:
- Mãe, me ajuda a escolher um presente para o meu namorado?... Fiquei chocada, mas eu lhe disse: Vamos filho!
- Padre, eu amo meu filho assim como ele é... Se a Igreja é contra ele, desculpe, eu ficarei sempre da parte dele!... disse emocionada, e eu admirei tamanho amor e fidelidade. E até pensei: Será que Deus não é como essa mãe? Ele não abandona ninguém!
Lembro das palavras do Pe. Michael Lapsley, SSM, Igreja Anglicana, que na oração de envio na X Assembleia do Conselho Mundial das Igrejas, reunida há umas semanas na Coreia do Sul comovido disse: Hoje desejo dizer a toda a comunidade LGBTI, como cristão e sacerdote, que lamento profundamente a dor que viveram ao longo da história. Tenho um sonho e espero ainda vê-lo realizado: escutar os líderes de nossas grandes tradições religiosas pedir-lhes perdão...
Acolher o outro como ele deseja ser considerado não é fácil. Quantos dramas gerados e acrescentados em nome de Deus e das nossas fobias!
- Por favor, Senhora, fique na Igreja e evidentemente também com o seu filho!
E você se fosse pai ou mãe de um gay, o que faria?
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