Quando secar o rio de minha infância,
secará toda dor.
Quando os regatos límpidos de meu ser secarem, minh’alma perderá sua força.
Buscarei, então, pastagens distantes
Irei onde o ódio não tem teto para repousar.
Ali, erguerei uma tenda junto aos bosques.
secará toda dor.
Quando os regatos límpidos de meu ser secarem, minh’alma perderá sua força.
Buscarei, então, pastagens distantes
Irei onde o ódio não tem teto para repousar.
Ali, erguerei uma tenda junto aos bosques.
Todas as tardes me deitarei na relva,
e nos dias silenciosos farei minha oração:
Meu eterno canto de amor: expressão pura de minha mais profunda angústia
e nos dias silenciosos farei minha oração:
Meu eterno canto de amor: expressão pura de minha mais profunda angústia
Nos dias primaveris, colherei flores para
meu jardim da saudade.
meu jardim da saudade.
Assim, exterminarei a lembrança de um passado sombrio.
Tito de Alencar
Paris, 12 de outubro de 1973
Paris, 12 de outubro de 1973
Imagem: Exposição: Cai Guo-Qiang: Da Vincis do Povo
Visitação: 7 de agosto a 23 de setembro de 2013 - Entrada gratuita. Centro Cultural Correios – terça-feira a domingo, das 12h às 19h. Rua Visconde de Itaboraí, 20 - Centro - Rio de Janeiro
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