Artigo do New York Times lança uma luz sobre a declaração que o papa Francisco deu na entrevista realizada no avião quando do seu retorno a Roma. Segue a nossa tradução de um trecho e um link para a íntegra do artigo em inglês:
Em primeiro lugar, parece que o papa estava falando especificamente sobre padres gays [...] suas declarações seguiram uma pergunta sobre o caso do Monsenhor Battista Ricca, uma indicação recente do papa que supostamente teve um relacionamento gay no passado, o que inspirou Francisco a uma longa digressão sobre a importância de perdoar pecados passados. Levando em consideração que o Vaticano de Bento XVI reafirmou especificamente a regra de que homens com uma profunda atração pelo mesmo sexo não devem ser ordenados, o tom dos comentários de Francisco – o perdoar e esquecer em relação a um caso específico, e o amplo “quem sou eu para julgar?” – é realmente extraordinário e digno de menção.
Especialmente porque um comentário tolerante
em relação a esse tópico condiz com o tom do pontificado de Francisco como um
todo. Papas não mudam a doutrina, mas eles escolhem o que enfatizar e o que minimizar,
que assuntos destacar e quais descartar, quando julgar e quando perdoar e assim
por diante. E nós já vimos o suficiente desse pontificado para saber que o foco
de Francisco é: ele quer ser visto como um papa da justiça social e da
renovação espiritual, ele não tem muita paciência para problemas que possam
divergir dessa perspectiva Cristã. Por isso a retórica que desperta manchetes e
os gestos simbólicos que enfatizam a pobreza e a simplicidade acima de tudo,
por isso as menções frequentes de que o “clericarismo” é o pior problema que a
igreja enfrenta e por isso sua atitude casual (pelo menos nos seus comentários
improvisados) em relação à disciplina da doutrina, seus chamados à
experimentação e sua aparente hostilidade à liturgia tradicional – e por isso,
também, sua aparente determinação de distanciar-se e a sua mensagem dos debates
culturais sobre a revolução pós-sexual do Ocidente.
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