Foto: Edu Marin
Não sou eu quem determina o destino do mundo.
Não sou eu quem começa as guerras.
Apenas sigo o meu caminho. Faço o meu trabalho.
Nada faço de errado.
Mas não sei.
E essa é a questão,
que sempre me atormenta.
Não quem determina,
e no entanto nada faço de mal.
Faço girar parafusos pequeninos com os meus dedos,
fabricando componentes de armas
que nos ameaçam a todos.
E ainda assim não sou eu quem determina
o destino que aparece diante de nós.
Eu poderia criar outro destino,
tornando o mundo seguro para todos aqueles
que anseiam viver a sua vida.
E então eu saberia
a razão sagrada,
o significado brilhante
da nossa existência.
Ninguém então poderia destruir-nos
com as suas ações
ou iludir-nos
com as suas palavras.
O mundo que eu ajudo a fazer
não é um mundo bom.
No entanto eu não sou mau.
E não fui eu que o inventei.
Mas será isso suficiente?
- Karol Wojtyla, poeta, ator e dramaturgo polonês, futuro papa João Paulo II
Vale muito a pena ler o artigo completo do qual a poesia acima foi extraída, postado pelo historiador Leandro Cruz em seu excelente blog Viagem no Tempo.
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