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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Entre a cruz e o arco-íris

Bordado daqui

Ainda sobre o episódio do cartaz da parada LGBT de Maringá e seu diálogo com a arquidiocese local: nosso amigo Murilo Araújo escreveu um brilhante editorial no Vestiário.org, que vale muito a pena ler (aqui). Achamos tão pertinente a sua reflexão, que resolvemos reproduzir um trechinho aqui:
(...) Vamos fazer um esforço de repensar: em vez de ficar reproduzindo a mania de perseguição, afirmando um eterno embate entre religiosos e militantes, alguém parou para pensar no significado bonito que esse cartaz carrega? 
De certo modo, ele representa a igreja com que eu sonho cotidianamente. Trata-se de um sonho muito particular, porque quem tem outra fé (ou não tem nenhuma) tem todo o direito de discordar desse meu pensamento, ou de apenas não se preocupar com isso. Mas, se substituíssemos a Catedral de Nossa Senhora da Glória por uma escola, ou por um prédio do governo, o cartaz continuaria representando a minha utopia: uma instituição que transforma uma só cor em várias, e que gera a diversidade, em vez de anulá-la. 
(...) [O arcebispo, D. Anuar] Batistti afirmou que a preocupação maior da Igreja deve ser contra a violência e não contra o movimento, e apontou caminhos para a criação de uma espécie de “pastoral da diversidade” na Arquidiocese. Se a iniciativa é válida ou não, a discussão é outra, mas eu, talvez inocentemente, vejo pelo menos o esforço de diálogo como um sinal de esperança. Continuar na briga desmedida é fazer mais do mesmo. E acho que não queremos ser todos um bando de fundamentalistas, mesmo que cada um ao seu modo.


Leia também:
Uma questão de justiça: os LGBTs de Maringá e a Catedral
Entre a cruz e o arco-íris

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  2. Caro Alex,

    Por gentileza, preste atenção à escolha de palavras, evitando termos depreciativos e categorizações ofensivas. Em respeito à equipe de colaboradores e aos demais leitores deste blog, optamos por apagar seu comentário.

    Solicitamos que você procure se expressar de maneira mais cuidadosa.

    Certos da sua compreensão, agradecemos desde já.

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  3. O verdadeiro amor a todo inclui; é traduzido de forma suave e pondera as palavras. Quando penso que de, entre tantas agressões físicas a homossexuais registradas em Maringá, o cartaz foi uma súplica muito mais suave e baseada no diálogo.

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  4. Concordamos com você, Jônatas.
    Um abraço carinhoso.

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